Economia

Bolsas americanas prolonga ganhos com melhora de expectativas

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postado em 26/03/2009 18:50
A Bolsa de Nova York encerrou a sessão desta quinta-feira (26/3) em alta, impulsionada pelo otimismo dos investidores, que se traduz na valorização dos papéis de tecnologia e energia. O índice DJIA (Dow Jones Industrial Average), da Bolsa de Nova York, subiu 2,25%, aos 7.924,56 pontos, e a Nasdaq avançou 3,80% (aos 1.587 pontos), que apagou as perdas do ano. O índice ampliado S 500 subiu 2,33%, para 832,86 unidades. "Os setores sensíveis ao ciclo econômico registraram as melhores performances, como o financeiro e o tecnológico, e os setores sensíveis ao consumo", disse Hugh Johnson, da Johnson Illington Advisors. Os dados da jornada reforçaram a confiança do mercado. A taxa média de crédito imobiliário (fixa a 30 anos) nos Estados Unidos se encontra no nível mais baixo ade 1971, a 4,85%, em consequência da política monetária do Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA). Os investidores esperam que o reduzido custo do crédito e o recuo dos preços permitam a estabilização do setor imobiliário, origem da crise econômica internacional. Por outro lado, o mercado consolidou seus ganhos logo após o êxito de venda de uma emissão de bonus do Tesouro de sete anos, pela qual a demanda foi mais de duas vezes superior a oferta. "Foi um alívio à decepcionante venda da véspera", disse Johnson. Os destaques da sessão de hoje foram Hewlett Packard (alta de 7,06%) e Intel (elevação de 5,89%), ambos incluídos no Dow Jones. Entre as notícias corporativas, agradou a informação de que a rede varejista americana Best Buy apresentou ganho por ação de US$ 1,61 no quarto trimestre. A expectativa dos analistas era de um ganho de US$ 1,40 por ação. As vendas da empresa subiram 10%, para US$ 14,72 bilhões. Além disso, a Best Buy anunciou uma expectativa de ganho de US$ 2,50 a US$ 2,90 por ação em 2010, contra uma expectativa de ganho de US$ 2,47 por ação dos analistas. O anúncio da empresa foi visto como sinal de que os gastos dos consumidores americanos podem ganhar alguma força mais cedo do que o previsto pelos analistas. Mercado de trabalho Os números do mercado de trabalho, por sua vez, foram vistos de forma positiva, como um sinal de que alguma estabilização possa estar se formando na economia americana. O Departamento do Trabalho informou que o número de pedidos iniciais do benefício cresceu em 8 mil, para 652 mil, na semana encerrada no último dia 21. Na semana imediatamente anterior, o total ficou em 644 mil, após revisão. O número de pessoas que recebem auxílio-desemprego há pelo menos duas semanas, no entanto, cresceu em 122 mil e atingiu a marca de 5,56 milhões, segundo dados divulgados nesta quinta-feira pelo. Trata-se da nona semana em que essa contagem de pedidos crava um recorde. Hoje o governo informou também que o PIB (Produto Interno Bruto) americano caiu 6,3% no quarto trimestre do ano passado. A contração é ligeiramente maior que a divulgada no mês passado, de 6,2%. A previsão dos analistas é de que a economia continue a registrar contração no primeiro semestre deste ano --para o período de janeiro a março, a expectativa é de uma contração entre 5% e 6%.

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