postado em 26/03/2009 20:21
Em sua primeira ação de apoio à consolidação do setor imobiliário, o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) poderá participar da operação de emissão de debêntures da PDG Realty com até R$ 276 milhões. O banco de fomento anunciou, na quarta-feira (25/3) o lançamento de um programa de R$ 1 bilhão para apoiar a meta do governo federal de construção de 1 milhão de moradias nos próximos dois anos.
O governo elaborou um pacote de medidas para tentar amenizar os reflexos da crise financeira mundial sobre o setor de habitação e o apoio do BNDES ao setor de construção tem o mesmo objetivo. Uma das formas de apoiar o setor será a utilização de instrumentos de renda variável emitidos pelas companhias de capital aberto, dando suporte à aquisição de empreendimentos imobiliários para empresas que tenham maior dificuldade de acesso a crédito.
A subsidiária de investimentos do banco, BNDESPar, garantirá a subscrição de até R$ 155 milhões em debêntures conversíveis em ações ordinárias. No entanto, esse valor estará sujeito ao exercício do direito de preferência dos outros acionistas, podendo chegar a R$ 276 milhões.
Segundo nota divulgada pelo BNDES, os recursos serão destinados ao reforço da estrutura de capital da companhia, que terá assim maior robustez para aquisição de empreendimentos e de sociedades de construção civil, além da capitalização desses projetos.
No programa de R$ 1 bilhão para o setor de construção civil, os financiamentos serão concedidos de maneira indireta, por meio da rede de agente financeiros do BNDES. Os financiamentos terão custo financeiro de TJLP (taxa de juros de longo prazo), além de uma remuneração básica do banco, de 0,9% para pequenas e microempresas e 1,3% para grandes empresas.
O banco cobra ainda taxa de intermediação financeira, de 0,5% para grandes empresas, mas isenta as médias, pequenas e microempresas. A instituição financeira intermediária também recebe uma remuneração, negociada entre o beneficiário e o agente. A participação do BNDES nos financiamentos será de até 100% para as menores e 80% para as grandes empresas.