Economia

Lula pretende criar fundo com dinheiro do petróleo

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postado em 28/03/2009 18:51
Brasília - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva dissenesta sábado (28/03), em Viña Del Mar, no Chile, que estuda criar um fundo com recursos da exploração de petróleo, semelhante ao feito na Noruega. Em ocasiões anteriores, em discursos no Brasil, o presidente já havia cogitado aplicar parte dos royalties da exploração do pré-sal no financiamento da área social e da educação. "Agora que encontramos muito petróleo no Brasil, estamos muito interessados em conhecer o fundo do petróleo que foi criado na Noruega, para que a gente possa criar algo que tenha similaridade, para que a gente utilize a riqueza do petróleo, para ajudar a nossa gente e não apenas para queimar combustível", disse Lula, no Chile, segundo a agência de notícias BBC Brasil. Lula participa da Reunião de Líderes Progressistas, que se realiza no balneário chileno, onde ele se encontrou com o primeiro-ministro norueguês, Jens Stoltenberg. Participaram da reunião o primeiro-ministro da Espanha, José Luis Rodriguez Zapatero, o primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, a anfitriã Michelle Bachelet, presidente do Chile, além de mais seis chefes de estado. De acordo com a BBC, o fundo norueguês foi instituído em 1990 e é administrado pelo governo. Os recursos servem ainda para proteger a economia do país de crises financeiras. Na abertura da reunião, o presidente voltou a responsabilizar as nações ricas pela atual crise e rechaçou a adoção de medidas protecionistas como caminho para a solução do problema. ;O mundo todo está pagando o preço do fracasso de uma aventura irresponsável daqueles que transformaram a economia mundial em um gigantesco cassino;, disse. ;Neste momento, nosso desafio maior é não nos deixar paralisar pela perplexidade, pela incerteza e pelo temor de ousar;, completou. No discurso, Lula apontou a América do Sul como alternativa à crise, além de destacar a ascensão da esquerda ao comando dos governos da região. ;A América do Sul vive uma vigorosa onda de democracia popular, encabeçada por segmentos historicamente deserdados e marginalizados, que hoje encontram seu lugar e sua voz numa sociedade muito mais solidária. Não é mera coincidência que, hoje, predominem governos de esquerda na América Latina;, afirmou.

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