Economia

Pacote habitacional vai aumentar oferta de imóveis na periferia do DF

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postado em 29/03/2009 08:53
Se o aumento de renda dos últimos anos fez o segmento da construção civil despertar para o mercado das regiões periféricas do Distrito Federal, é o pacote habitacional que deve consolidar o interesse pelas cidades da capital e do Entorno. Construtoras que atuam no mercado planejam ampliar a oferta de imóveis nessas regiões, principalmente os que custem até R$ 130 mil, valor máximo dos apartamentos do DF que podem ser financiados com os recursos previstos no pacote. E até quem passou anos ignorando a fatia de mercado finaliza projetos para investir em empreendimentos fora do Plano Piloto ou de regiões mais caras, como Sudoeste, Guará ou Águas Claras. A expectativa é que o volume de investimentos voltados para a classe C suba até 30% nos próximos meses, segundo o vice-presidente do Conselho Federal de Corretores de Imóveis, José Augusto Viana Neto. ;Os empresários têm que ir aonde está o dinheiro. Os negócios vão se voltar cada vez mais para essa faixa;, aposta. No DF não será diferente. Para Wildemir Demartini, diretor da Lopes Royal, o investimento no segmento de baixa renda se faz necessário porque é nele que o déficit habitacional mais cresce. Segundo estudo do Ministério das Cidades, os brasilienses com renda de até cinco salários mínimos respondem por 92,7% do déficit habitacional do DF, de 122 mil residências. Com a ampliação do acesso ao crédito a essa população, tornou-se mais viável para as empresas viabilizar essas obras. ;Antes não havia financiamento para quem ganha abaixo de 10 salários mínimos;, recorda Adalberto Valadão, presidente da Associação de Diretores de Empresas do Mercado Imobiliário do DF (Ademi). ;No mercado nacional, as empresas partiram para a baixa renda porque a venda para a alta renda começou a perder força. No DF, a busca por esse público se deu, inicialmente, pela falta de terrenos disponíveis no Plano Piloto;, diz Demartini. O pacote vai ajudar a melhorar o mercado e a oferta de unidades para a baixa renda. ;A classe média pode fazer financiamento com a construtora e não depende tanto da política habitacional do governo;, afirma. A população de renda menor, ao contrário, precisa dos empréstimos de bancos estatais, acrescenta. ;Por isso, esse pacote foi bom para o mercado porque mexeu com o sonho das pessoas;, avalia. Com o aumento da capacidade de financiamento, investir em empreendimentos para o público de baixa renda tornou-se mais viável. Leia mais na edição impressa do Correio Braziliense

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