Economia

Reunião do G20 anima investidores e Bolsas europeias fecham em forte alta

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postado em 02/04/2009 14:58
As principais Bolsas da Europa encerraram os pregões nesta quinta-feira (2/04) com a terceira alta consecutiva na semana, refletindo o ânimo dos investidores com as propostas anunciadas pelo G20 (grupo que reúne representantes dos países ricos e dos principais emergentes), que estava reunido em Londres, para encerrar a crise econômica mundial. A Bolsa de Londres fechou em alta de 4,28% no índice FTSE 100, ficando com 4.124,97 pontos; a Bolsa de Paris subiu 5,73% no índice CAC 40, para 2.992,06 pontos; a Bolsa de Frankfurt teve alta de 6,07% no índice DAX, fechando com 4.381,92 pontos; a Bolsa de Amsterdã teve alta de 5,14% no índice AEX General, que ficou com 232,05 pontos; a Bolsa de Milão teve alta de 4,35% no índice MIBTel, indo para 13.539 pontos; e a Bolsa de Zurique fechou com alta de 3,26%, ficando com 5.178,53 pontos no índice Swiss Market. O primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, anunciou hoje que o grupo decidiu destinar US$ 1 trilhão ao FMI para ajudar países com problemas decorrentes da crise econômica global. Controle de bancos, paraísos fiscais e bônus também foram determinados pelo G20. "O G20 alcançou novo consenso de que se tem de agir conjuntamente. (...) Problemas globais requerem soluções globais", disse Brown em entrevista coletiva após seu pronunciamento. Outro ponto abordado por Brown foi a necessidade de "trabalhar urgentemente com os líderes" mundiais para fazer avançar a Rodada Doha de liberalização comercial, no âmbito da Organização Mundial do Comércio (OMC). Segundo ele, para expandir o comércio global, serão destinados fundos de US$ 250 bilhões aos países para financiamento. O texto final do encontro inclui um acordo para endurecer as regulamentações sobre "hedge funds" (fundos de alto risco), paraísos fiscais e o sistema bancário. "O sigilo bancário do passado tem de acabar (...) Estamos entrando em um processo profundo de reestruturação de nosso sistema financeiro para o futuro." O anúncio do acordo no G20 animou os investidores. "Claramente há um efeito positivo sobre os mercados. Geralmente, o que temos são ruídos saindo do G20", afirmou Jim Wood-Smith, analista da Williams de Broe. "É possível que esta pequena gota de informações econômicas podem convencer as pessoas que agora é possível correr um pouco mais de risco agora." Os bancos foram os que sofreram maiores reflexos nos pregões da Europa: ações do HSBC, BNP Paribas, Santander e Standard Chatered subiram entre 8,9% e 15,5% após o término da reunião do G20. Os papéis do Deutsche Bank tiveram alta de 14,5% depois que seu principal executivo afirmou ao jornal "Financial Times" que a instituição obteve bons resultados em março e não precisaria de capital adicional. As ações da montadora Fiat registraram ganhos de 27% com a esperança de que as vendas de automóveis nos EUA voltem a subir em abril - -após quedas generalizadas em março -, informou a agência Reuters.

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