Economia

Cúpula do G20 pressiona preços do petróleo aos US$ 52,64 nos EUA

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postado em 02/04/2009 17:36
O preço do barril de petróleo subiu nesta quinta-feira (2/04) empurrado pelas decisões anunciadas pelo G20 (grupo que reúne os países mais ricos e os principais emergentes), o qual encerrou uma reunião em Londres com medidas conjuntas que podem destinar mais de US$ 1 trilhão ao Fundo Monetário Internacional (FMI). O barril do petróleo cru para entrega em maio negociado na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex) encerrou o dia negociado a US$ 52,64, uma alta de 8,8% no preço em relação ao dia anterior. A alta é a maior em termos percentuais em três semanas, segundo analistas. Os contratos de gasolina e de óleo para o mesmo mês subiram US$ 0,10, para US$ 1,47 e US$ 1,44 o galão, de 3,78 litros, respectivamente, enquanto os de gás natural tiveram alta de US$ 0,09, até US$ 3,78 por mil pés cúbicos. A alta do preço dos combustíveis coincidiu com um pronunciado avanço nas bolsas de todo o mundo e representou mais uma mostra do otimismo que se estendeu entre os investidores nos últimos dias em relação à recuperação da economia. Nesta quinta, os líderes do G20 apontaram para um esforço conjunto com o objetivo para combater a crise financeira. Na principal medida anunciada, as nações concordaram em reservar fundos da ordem de US$ 1 trilhão ao FMI, além de US$ 100 bilhões adicionais para socorrer as emergentes. Controle de paraísos fiscais e um esforço fiscal de US$ 5 trilhões até 2010 para salvar empregos também foram determinados como objetivos do grupo. O primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, anfitrião da atual cúpula, afirmou após o encontro que o "G20 alcançou novo consenso de que se tem de agir conjuntamente. (...) Problemas globais requerem soluções globais", disse em pronunciamento. Segundo ele, o encontro de hoje vai abrir caminho para uma "ação coletiva, e não uma coleção de ações individuais". "Esse US$ 1 trilhão é dinheiro novo. É dinheiro gerado através do FMI emitindo seus direitos especiais e do crédito comercial, que vem de agências de exportação", explicou o primeiro-ministro britânico em entrevista coletiva.

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