Economia

Seguindo bolsas mundiais, Bovespa tem forte alta de 4,19%

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postado em 02/04/2009 18:09
A reunião do G20 provocou uma alta generalizada das bolsas de valores mundiais nesta quinta-feira (2/04). A brasileira Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) não foi exceção nessa onda de entusiasmo global e voltou ao seu patamar de outubro de 2008. O câmbio doméstico recuou para R$ 2,23. O mercado recebeu com euforia a decisão do G20 em mobilizar cerca de US$ 1 trilhão para apoiar o FMI (Fundo Monetário Internacional) e reforçar o comércio mundial. "Embora a gente não saiba ainda quanto desse dinheiro realmente vai ser usado e em que prazo, a decisão é importante. O FMI vai usar esses recursos para apoiar países que já começam a ter dificuldades, a exemplo do México. Quer dizer, é uma maneira de evitar novos focos de crise e impedir um efeito em cadeia", avalia Jayme Alves, analista da corretora Spinelli. O termômetro da Bolsa, o Ibovespa, disparou 4,19% no fechamento e atingiu os 43.736 pontos. O giro financeiro foi de R$ 5,89 bilhões. Nos EUA, a Bolsa de Nova York subiu 2,79%. O dólar comercial foi vendido por R$ 2,235, em declínio de 1,97%. Em apenas três dias, a cotação da moeda americana desvalorizou 4,2%. Profissionais de mercado procuraram relativizar a "euforia" de hoje. "Com certeza, a taxa de câmbio deve ter um repique amanhã. Na minha opinião, essa taxa de câmbio está um pouco irreal. Neste mês, a taxa deve oscilar entre R$ 2,25 e R$ 2,30. Até pode voltar para a faixa de R$ 2,35, ou R$ 2,40, mas somente num pico especulativo", comenta Paulo Prestes, da mesa de operações da corretora gaúcha Exim. Para operar uma queda mais consistente das taxas de câmbio, somente com o retorno do crédito aos exportadores. BCE e Estados Unidos Entre outras notícias importantes do dia, o Banco Central Europeu (BCE) frustrou uma parcela do mercado financeiro, ao rebaixar a taxa de juros da zona do euro de 1,50% ao ano para 1,25%. Uma corrente de economistas, diante do quadro recessivo da economia europeia, aguardava um ajuste mais drástico, para 1% ao ano. O Departamento do Trabalho dos EUA revelou que o número de americanos que recebem seguro-desemprego atingiu a cifra de 5,7 milhões na semana passada, um novo recorde. Os pedidos do benefício somaram 669 mil até o dia 28, ante projeções de 650 mil dos analistas de mercado. O Departamento de Comércio dos EUA informou que o volume de pedidos à indústria teve um crescimento de 1,8% em fevereiro, após seis meses consecutivos de retração. O resultado está bem acima do esperado pelo setor financeiro, que projetava uma retração de 1,1%. No Brasil, a inflação no município de São Paulo, medida pelo IPC da Fipe-USP, atingiu 0,40% em março ante 0,27% em fevereiro. Economistas de bancos e corretoras projetavam variação de 0,35%.

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