Economia

Bolsa de NY fecha em alta com G20 e supera 8 mil pontos

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postado em 02/04/2009 18:33
A Bolsa de Valores de Nova York fechou com ganhos nesta quinta-feira (2/04) com o desfecho positivo da reunião do G20, (grupo que reúne representantes dos países ricos e dos principais emergentes), em Londres, e a flexibilização das normas de avaliação de ativos bancários. As boas notícias fizeram com que o Dow Jones superasse a marca dos 8 mil pontos pela primeira vez desde 9 de fevereiro. O Dow Jones Industrial Average --principal indicador da Bolsa-- fechou o dia com ganho de 2,79%, aos 7.978,08 pontos, enquanto o ampliado S 500 teve alta de 2,87%, para 834,38 unidades. Na Bolsa tecnológica Nasdaq, o indicador Nasdaq Composite avançou 3,29%, para 1.602,63 pontos. Os investidores voltaram às compras nesta quinta depois que surgiram os resultados da reunião do G20, que prometeu realizar esforços conjuntos para destinar mais de US$ 1 trilhão ao FMI (Fundo Monetário Internacional), US$ 100 bilhões adicionais para socorrer os países emergentes, controlar paraísos fiscais e salvar empregos. No total, o grupo defendeu a utilização de um esforço fiscal global de US$ 5 trilhões até 2010 para encerrar a crise financeira. "Todos estão de bom humor hoje", afirmou Eric Ross, diretor de pesquisa da Canaccord Adams. "Todo mundo está se sentindo bem (...) e isso se deve simplesmente à confiança." Ao mesmo tempo, ajudou a elevar os negócios na Bolsa a decisão do Conselho de Padrões de Contabilidade Financeira (FASB, na sigla em inglês) de flexibilizar as normas de avaliação de ativos, que nos últimos meses levaram os bancos a registrar grandes desvalorizações. Assim, a entidade permite que os auditores tenham maior margem de manobra para avaliar o real valor de ativos sem liquidez. A norma modificada, chamada "mark-to-market", obriga as instituições financeiras a avaliar seus ativos no valor de mercado. Nos casos de ativos "tóxicos" (com alto risco de calote) herdados da bolha imobiliária, dificilmente recuperáveis, o valor atual (ante o real) é considerado como muito baixo, causando grandes perdas para os bancos. Além de evitar que as instituições financeiras sofram grandes baixas contábeis, a medida também abre espaço para um aumento dos empréstimos na economia. O barril do petróleo cru para entrega em maio negociado na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex) encerrou o dia negociado a US$ 52,64, uma alta de 8,8% no preço em relação ao dia anterior. A alta é a maior em termos percentuais em três semanas, segundo analistas. Os contratos de gasolina e de óleo para o mesmo mês subiram US$ 0,10, para US$ 1,47 e US$ 1,44 o galão, de 3,78 litros, respectivamente, enquanto os de gás natural tiveram alta de US$ 0,09, até US$ 3,78 por mil pés cúbicos. Nesta sexta-feira, a expectativa fica por conta da divulgação dos níveis de emprego nos EUA pelo Departamento do Trabalho. Analistas avaliam que o país perdeu 654 mil empregos em março, após um corte de 651 mil vagas de trabalho em fevereiro, e que uma nova onda de mau-humor pode surgir.

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