postado em 03/04/2009 11:55
As Bolsas americanas operam em baixa nesta sexta-feira (3/04). Os indicadores do mercado de trabalho nos EUA referentes a março, divulgados hoje, ficaram em linha com o esperado pelos analistas, mas ainda assim ressaltaram o quanto a economia americana ainda sofre com a recessão.
Às 11h05 (em Brasília), O índice DJIA (Dow Jones Industrial Average), principal referência da Nyse (Bolsa de Valores de Nova York, na sigla em inglês), estava em baixa de 0,67%, indo para 7.924,64 pontos, enquanto a Bolsa Nasdaq, que reúne papeis principalmente de empresas de tecnologia, caía 0,59%, para 829,45 pontos. O índice S 500, também da Nyse, estava em baixa de 0,58%, indo para 1.593,39 pontos.
O Departamento do Trabalho informou que a economia americana perdeu 663 mil postos de trabalho em março e a taxa de desemprego subiu para 8,5%, maior desde novembro de 1983, quando estava no mesmo patamar e o país estava em meio a uma recessão.
Os números do mercado de trabalho continuam a lembrar aos investidores que, mesmo com alguns indicadores mostrando desempenho menos negativo que há alguns meses, a recessão em que os EUA se encontram desde dezembro de 2007 ainda está longe de acabar.
O departamento informou que, no mês passado, o número de pessoas desempregadas no país atingiu 13,2 milhões. Nos últimos 12 meses, o número de desempregados cresceu em cerca de 5,3 milhões e a taxa de desemprego cresceu em 3,4 pontos percentuais. Metade do avanço tanto no número de desempregados como na taxa de desemprego ocorreu nos últimos quatro meses.
Os investidores aguardam hoje a divulgação do índice ISM (Instituto de Gestão de Oferta, na sigla em inglês) para a atividade no setor de serviços. Na quarta-feira (1°), o instituto divulgou seu índice de atividade no setor manufatureiro, que ficou em 36,3 pontos em março, contra 35,8 pontos em fevereiro. Mesmo tendo sido o 14° mês de contração consecutiva, o indicador ficou acima do esperado - economistas ouvidos pela Thomson Reuters previam que o indicador ficaria em 36 pontos no mês passado.
Entre os indicadores positivos que vinham animando os investidores nos últimos dias estão o de pedidos à indústria em fevereiro (alta de 1,8%, após seis meses consecutivos de queda).