Economia

Bolsas europeias caem com pior taxa de desemprego nos EUA em 25 anos

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postado em 03/04/2009 12:08
As Bolsas europeias fecharam em baixa nesta sexta-feira (3/04). Os investidores viram com pessimismo os dados sobre o mercado de trabalho nos EUA em março, que, apesar de terem ficado dentro das expectativas dos analistas, ressaltam a dificuldade que a economia americana ainda terá de enfrentar para sair da recessão. A Bolsa de Londres fechou em baixa de 2,31% no índice FTSE 100, ficando com 4.029,67 pontos; a Bolsa de Paris caiu 1,11% no índice CAC 40, para 2.958,74 pontos; a Bolsa de Amsterdã teve baixa de 0,56% no índice AEX General, que ficou com 230,76 pontos; e a Bolsa de Zurique fechou com perda de 2,62%, ficando com 5.042,99 pontos no índice Swiss Market. O índice FTSEurofirst 300 - que reúne ações das principais empresas europeias - fechou em baixa de 1,4%, ficando com 770,71 pontos. Na semana, o indicador acumulou alta de 7,1% As exceções do dia foram a Bolsa de Frankfurt, que teve ligeira alta de 0,07% no índice DAX, fechando com 4.384,99 pontos; e a Bolsa de Milão, que também subiu 0,07% no índice MIBTel, indo para 13.548 pontos. "Depois da euforia com o G20, a realidade da economia voltou a pesar", disse o estrategista Philip Lawlor, da Nomura, em Londres. "Tivemos um bom avanço e as pessoas decidiram embolsar os lucros." O Departamento do Trabalho informou hoje que a economia dos EUA perdeu 663 mil postos de trabalho em março, enquanto a taxa de desemprego subiu para 8,5%, maior desde novembro de 1983, quando estava no mesmo patamar. Outros números do mercado de trabalho desapontaram os investidores: no mês passado, o número de pessoas desempregadas no país atingiu 13,2 milhões; Nos últimos 12 meses, o número de desempregados cresceu em cerca de 5,3 milhões e a taxa de desemprego cresceu em 3,4 pontos percentuais. Em janeiro foram perdidas 741 mil vagas, contra as estimativas anteriores, de 598 mil e de 655 mil vagas. Nos mercados europeus, as ações do setor farmacêutico tiveram desempenho fraco hoje, com destaque para as perdas nos papéis da Novo Nordisk (-13,7%). As ações da AstraZeneca, GlaxoSmithKline, Sanofi-Aventis , Novartis e Roche tiveram perdas entre 2,2% e 5,4%. O preço do petróleo, por sua vez, recuou cerca de 3%, para pouco mais de US$ 51, e as ações do setor petrolífero fecharam em baixa. Os destaques foram os papéis de BP, BG Group, Total, ENI e Statoil perderam entre 2,6% e 3,8%. Entre as montadoras, caíram as ações da Daimler, Peugeot e Renault, com perdas entre 6,1% e 10,5%, depois que o banco Credit Suisse reduziu a classificação do setor automobilístico.

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