Economia

Comércio sente falta de crédito e faturamento cai 3,2% em SP, diz federação

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postado em 03/04/2009 15:44
O comércio registrou queda de 3,2% no faturamento dos dois primeiros meses deste ano em relação ao mesmo período do ano passado, segundo pesquisa da Fecomercio (Federação do Comércio) na região metropolitana de São Paulo. No mês de fevereiro, o índice também foi de 3,3%. As lojas de material de construção apresentaram a maior retração no faturamento no mês de fevereiro, de 10,1%. No ano, o segmento caiu 10,3%. O cenário também não foi positivo para lojas de móveis de decorações (-5,1% em fevereiro e -12,9% no acumulado do ano), vestuário, tecidos e calçados (-8,7% no mês e -5,8% no ano) e eletrodomésticos e eletroeletrônicos (-9,6% no mês e -10% no ano). O comércio automotivo registrou mais um mês --o quinto consecutivo-- com queda no faturamento real, com índice negativo em 8,8% em fevereiro deste ano ante o mesmo mês de 2008, e de 11,6% no bimestre. Com a extensão do período de benefício do IPI para veículos, "há expectativa de que o setor retome em breve um patamar mais condizente de movimento, inclusive em termos de faturamento", segundo Altamiro Carvalho, economista da Fecomercio. "Com o estímulo escalonado do IPI, houve maior benefício para veículos de baixa potência e mais baratos, reduzindo o volume monetário das vendas, apesar de manter um nível mais positivo em termos de quantidade", explicou Carvalho. Segundo a pesquisa, o faturamento cresceu para farmácias e perfumarias, lojas de departamentos e supermercados, respectivamente, 10,3%, 3% e 0,8%, em relação a fevereiro de 2008. O desempenho positivo nessas três atividades é consequência do "crescimento da massa de rendimentos das pessoas ocupadas na região metropolitana de São Paulo, muito embora a taxa de desemprego já mostre trajetória de elevação na região", informou a Fecomercio. "Fica vidente que todos os produtos que apresentam retração em 2009 são ligados ao crédito e, portanto, dependentes da disposição dos consumidores endividarem-se dentro de um quadro de incertezas", disse Carvalho.

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