Economia

Empresários investem na fabricação de cerveja em Brasília

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postado em 05/04/2009 09:13
Em um país em que cada habitante consome, em média, 47,6 litros por ano, a cerveja se mostra um negócio rentável e atrai investimentos até mesmo durante a turbulência econômica que atingiu todo o mundo nos últimos meses. Detentora da maior renda per capita do país, a capital federal tem sido palco de lançamentos no setor. E os brasilienses não só estão mantendo o consumo da bebida, como passaram a produzir cerveja e chope. Os resultados de vendas estão surpreendendo os empresários, que planejam aumentar investimentos e ampliar a base de clientes. Mas, para cair no gosto do público, é preciso oferecer um diferencial. Os clientes não querem encontrar nas novas o mesmo gosto das tradicionais, segundo os empresários, que pesquisam, em média, um ano os sabores antes de lançar a marca no mercado. A produção ainda é pequena, mas o empresário Venceslau Calaf, dono do Calaf, comemora o sucesso de cerveja própria, que leva o mesmo nome do bar. A produção em uma fábrica terceirizada localizada no interior de Goiás, na cidade de Trindade, começou em dezembro do ano passado e já chega a 4,3 mil litros por mês. Em todo o país, a estimativa do Sindicato Nacional da Indústria da Cerveja (Sindicerv) é que seja fabricado quase um bilhão de litros da bebida todos os meses. Mas o volume agrada ao empresário, que já pensa em ampliar a revenda para outros estabelecimentos. Segundo ele, a venda da cerveja Calaf está sendo negociada com bares e restaurantes do Distrito Federal. O preço é inferior ao cobrado pelas garrafas de 600 ml tradicionais no mercado ; enquanto as primeiras são vendidas a R$ 4,50, as outras saem por R$ 6,50 no bar. O lucro de Venceslau é significativo, conta. Atualmente, de cada 10 cervejas vendidas em uma das agitadas noites do local, sete são da marca própria. ;Eu acho que cheguei à fórmula perfeita, consegui acertar o gosto do meu público, que gosta de beber e dançar, então a cerveja não pode ser muito forte. Ela hoje me dá um lucro muito bom;, diz. Qualidade garantida A fabricação de chope é ainda mais frequente na cidade. Dentista de formação, Evandro Boim Giacometti se divide entre o consultório no Plano Piloto e a fábrica de chope localizada no Guará, adquirida por ele há três anos. A produção, que em dezembro de 2005 era de 1,5 mil litros por mês, é atualmente de 7 mil litros e nos próximos dois anos pode saltar para 20 mil litros, aposta o empresário. Adorador de chope, Evandro, nascido em Ribeirão Preto, sempre foi. Mas a ideia de fabricar surgiu em uma visita à Alemanha. Assim que voltou para o Brasil, procurou um mestre cervejeiro, como são conhecidos os profissionais que desenvolvem a bebida, que o ajudou a chegar ao padrão desejado, ;um chope mais encorpado, com mais sabor e menos álcool;, como define. Desde então, produz o Puro Malte, que é vendido em 18 pontos bares e restaurantes do DF. Leia matéria completa na edição impressa do Correio Braziliense

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