Economia

Standard's mantém rating do Brasil em grau de investimento

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postado em 06/04/2009 18:29
A agência Standard & Poor"s manteve o "rating" do Brasil em "grau de investimento", reservado para países e empresas considerados bons devedores. A perspectiva de revisão dessa "nota" é "estável", o que significa que, num prazo de dois anos, a nota tem maiores chances de não ser alterada. "Os ratings atribuídos ao Brasil, no primeiro degrau da categoria de grau de investimento", continuam sendo suportados pelo compromisso do governo com políticas macroeconômicas prudentes", afirma Sebastián Pozzo, analista de crédito soberano da S. O "rating" é uma opinião sobre a capacidade de um país ou uma empresa saldar seus compromissos financeiros. A avaliação é feita por empresas especializadas, as agências de classificação de risco, que emitem notas, expressas na forma de letras e sinais aritméticos, que apontam para o maior ou menor risco de ocorrência de um "default", isto é, de suspensão de pagamentos. Economistas do setor financeiro ressaltam que a classificação "grau de investimento" é importante para que o país tenha acesso a recursos de grandes investidores globais, que evitam aplicar em países de maior risco. O selo de qualidade" das agências de "rating" também contribui para que o país capte recursos no exterior a custos menores. Popularidade de Lula O analista da S cita ainda a popularidade histórica do presidente Luiz Inácio Lula da Silva como uma vantagem para o país, considerando que essa característica pode facilitar a implementação de políticas econômicas importantes para o país num momento de crise global. A pesquisa CNI/Ibope mais recente apontou que 74% da população confia no presidente Lula. Trata-se de uma queda de seis pontos percentuais em comparação ao resultado da pesquisa anterior, mas ainda é um número alto para líderes em segundo mandato. Pozzo considera como pontos fracos do Brasil o "nível relativamente alto de endividamento do governo" e a "elevada carga de juros" do país. "Esses dois fatores exigirão responsabilidade fiscal no médio prazo", avalia o analista da S.

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