Economia

Oi demite mais 500 após compra da Brasil Telecom

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postado em 07/04/2009 09:17
A Oi demitiu nesta segunda-feira (6/04) cerca de 500 funcionários alegando reestruturação das operações após a fusão com a Brasil Telecom. Cerca de 20% deles serão inseridos no novo plano de aposentadoria incentivada. Em nota, a Oi disse que as demissões resultam da sobreposição de funções, principalmente nas áreas de mercado e vendas. Em fevereiro, ela já tinha anunciado a eliminação de cerca de 400 postos de gerência. Agora, os cortes chegaram também a cargos inferiores. "Assim como previsto e já verificado na etapa anterior, foi identificada necessidade de realocação geográfica de colaboradores, cumprida apenas parcialmente, e foram constatadas sobreposições, que não poderiam ser mantidas no novo desenho da empresa", afirmou nota da Oi. Ela diz ainda que cerca de 200 vagas seguirão abertas para preenchimento via recrutamento no mercado. Segundo a Oi, os demitidos terão o seguro de vida e o plano de saúde mantidos até o fim do ano, além de apoio, por um ano, de consultoria para recolocação, redirecionamento orientado de carreira ou aconselhamento de empreendedorismo. Eles receberão também uma indenização de 0,3 salário para cada ano de trabalho na empresa, com piso de um salário e meio e teto de seis salários. Anatel A empresa disse que as demissões não afetam o compromisso firmado com a Anatel no ano passado, segundo o qual a empresa se comprometia a manter ao menos os 25.542 postos de trabalho de fevereiro de 2008. Em dezembro, as duas empresas tinham, juntas, 31.433 funcionários. Segundo a analista de marketing Sâmara de Assis, 34, demitida ontem, os boatos sobre o desligamento dos funcionários corriam pela empresa há alguns meses. "A informação vazou, e todo mundo estava muito apreensivo. As pessoas nem conseguiam trabalhar direito", disse ela. O presidente do Sindicato dos Telefônicos do Rio Grande do Sul (Sinttel-RS), Flávio Rodrigues, criticou as demissões, que, segundo ele, ocorreram principalmente em São Paulo, no Rio de Janeiro e em Brasília. "Tememos que a redução no quadro de funcionários chegue a 20% a 30% do total até o fim do ano", disse ele.

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