Economia

Bolsas europeias fecham em baixa com perdas entre bancos e montadoras

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postado em 07/04/2009 14:11
As Bolsas europeias fecharam em baixa nesta terça-feira (7/04), afetadas pelas perdas nos papéis do setor bancário. O ritmo dos negócios caiu com as preocupações dos investidores sobre os resultados das empresas referentes ao primeiro trimestre deste ano. O setor automobilístico também registrou perdas. A Bolsa de Londres fechou em baixa de 1,58% no índice FTSE 100, ficando com 3.930,52 pontos; a Bolsa de Paris caiu 0,94% no índice CAC 40, para 2.902,31 pontos; a Bolsa de Amsterdã teve baixa de 0,64% no índice AEX General, que ficou com 227,39 pontos; a Bolsa de Zurique fechou com perda de 0,56%, ficando com 4.974,20 pontos no índice Swiss Market; a Bolsa de Frankfurt teve baixa de 0,63% no índice DAX, fechando com 4.322,50 pontos; e a Bolsa de Milão caiu 0,57% no índice MIBTel, indo para 13.338 pontos. O índice FTSEurofirst 300 - que reúne ações das principais empresas europeias - fechou em baixa de 0,7%, indo para 760,69 pontos. As maiores perdas de hoje foram registradas entre os bancos, com destaque para Standard Chartered (-6,3%), Lloyds (-8,5%), Société Générale (-2%) e UBS (-5,2%). O setor bancário foi afetado pela divulgação feita hoje pelo RBS (Royal Bank of Scotland), de que pode cortar até 9 mil empregos nos próximos dois anos, sendo 4.500 no país. Hoje, o RBS emprega 170 mil funcionários. O objetivo é diminuir os custos anuais em 2,5 bilhões de libras em três anos, informou a instituição. Em fevereiro, o RBS anunciou que teve em 2008 um prejuízo de 24,137 bilhões de libras (US$ 35,658 bilhões, no câmbio de hoje), o maior da história empresarial britânica. O setor financeiro passa por um momento de perdas devido à previsão do analista Mike Mayo, da Calyon Securities, de que o setor bancário ainda deve apresentar perdas expressivas devido à presença de ativos "podres" (com alto risco de calote) em seus balanços. Além disso, o megainvestidor americano George Soros disse ontem que o sistema bancário dos EUA está "basicamente insolvente". Segundo ele, o modo como a reconstituição das reservas de capital dos bancos foi realizada tomou o rumo errado, e as autoridades de cada país não estão tendo sucesso em estimular os bancos a normalizar o ritmo de oferta de crédito. O FMI (Fundo Monetário Internacional), por sua vez, estima que o valor dos ativos "podres" ainda em posse dos bancos chegue a US$ 4 trilhões. O setor automobilístico teve perdas, com destaque para as quedas nas ações da BMW (-4,4%), Daimler (-1,5%), Fiat (-0,5%), Renault (-3,9%) e Peugeot (-4,1%). No setor de energia, caíram as ações da BP, do BG Group, da Tullow Oil, Total , Royal Dutch Shell e StatoilHydro, com perdas entre 1,2% e 3,1%.

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