Economia

BNDES financia R$ 254 milhões para Azul comprar aviões da Embraer

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postado em 07/04/2009 14:25
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou nesta terça-feira (7/04) financiamento de R$ 254 milhões para a empresa aérea Azul comprar quatro aeronaves fabricadas pela Embraer. "Trata-se do primeiro financiamento em moeda nacional aprovado pelo BNDES para a compra de aeronaves destinadas ao mercado doméstico", informou o banco em comunicado. O crédito aprovado corresponde a 85% do investimento total - 50% do valor será financiado diretamente pelo BNDES e outros 50% serão repassados pelo Banco do Brasil. O financiamento para a Azul, que começou a operar em dezembro do ano passado, prevê a compra de um do modelo ERJ-195 (com configuração de 118 assentos) e três do ERJ-190 (com 106 assentos). O BNDES destacou que, "além do incentivo a uma nova empresa no mercado aéreo brasileiro, o apoio financeiro é um instrumento de estímulo à aquisição, por companhias aéreas nacionais, de aeronaves fabricadas no Brasil, com financiamento em moeda nacional". "A indústria aeronáutica brasileira, com ampla cadeia de fornecedores, tem importância estratégica e forte conteúdo tecnológico e de engenharia nacional", informou em nota o BNDES. A expectativa da empresa aérea, segundo o banco, é gerar em torno de 3 mil empregos diretos até 2012, entre pessoal administrativo e operacional, inclusive nos aeroportos e agências. Hoje, a Azul tem cerca de 730 empregados. Ajuda A Embraer demitiu cerca de 4.200 funcionários no último dia 19 de fevereiro. A empresa alegou que os efeitos da crise internacional são os responsáveis pela queda das encomendas, o que gerou a necessidade de demissões. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva instou as empresas aéreas a comprar aeronaves da Embraer, para ajudar a fabricante. Em meados de março, a Justiça do Trabalho considerou abusivas as demissões realizadas pela Embraer no mês passado e determinou que a empresa pague indenização aos funcionários dispensados. Os cortes, no entanto, não foram revertidos, como queriam os sindicalistas.

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