Economia

GM já estaria preparando concordata

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postado em 07/04/2009 15:20
A montadora General Motors realiza suas "mais sérias" e "intensas" preparações para o possível pedido de concordata, revelaram duas pessoas próximas às negociações. O principal ponto do projeto, segundo a agência de notícias, prevê dividir a empresa em duas, separando a parte lucrativa daquela que não dá retorno. A Reuters cita que a "nova GM" pode ser formada pelas unidades mais lucrativas da empresa, que pode assumir dívidas financeiras provenientes do pedido de concordata. Os funcionários da GM envolvidos na negociação já alertaram para uma queda nos títulos da empresa. Parte da rede de concessionárias e os investidores podem ser afetados pelo pedido de concordata da "velha GM", informaram os funcionários consultados, que não quiseram ter suas identidades divulgadas. Consultada, a montadora não comentou ou confirmou as informações. No fim de semana, o presidente da GM, Fritz Henderson, afirmou que a montadora está preparada para uma declaração de concordata, mas ressaltou que quer superar a crise sem enfrentar a Justiça. "Gostaríamos de fazer [esta reestruturação] sem recorrer ao processo de quebra", disse Henderson ao canal NBC, no momento em que o primeiro fabricante americano de carros aplica uma dolorosa reestruturação com o apoio financeiro do governo. "Mas seria prudente assegurar que estamos planejando (uma quebra sob controle judicial), se for preciso". O secretário do Tesouro, Timothy Geithner, disse que o governo de Barack Obama contempla todas as alternativas para a GM após a substituição semana passada de Rick Wagoner por Henderson por ordem da Casa Branca. Henderson indicou que também existia a perspectiva de novas demissões e fechamento de fábricas, em momentos em que a GM luta por sobreviver e antecipa que no futuro só fabricará quatro marcas principais. No mês passado, a GM ganhou mais 60 dias de prazo do governo dos Estados Unidos para apresentar seu plano de reestruturação. As fábricas da montadora só continuam funcionando graças aos créditos aprovados pelo presidente Barack Obama. A GM pediu até US$ 16,6 bilhões, dos quais já dispõe de US$ 13,4 bilhões. As informações são de Agência Reuters.

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