postado em 07/04/2009 15:56
O governo deve anunciar novas medidas de combate à crise financeira. Entre elas, está em estudo a prorrogação da redução das alíquotas de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, além da inclusão de novos produtos como geladeiras e fogões.
Na reunião da coordenação política desta terça-feira, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, apresentou ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva dados positivos sobre a recuperação da economia brasileira diante da crise financeira internacional. Segundo relato dos ministros que participaram do encontro, a avaliação é de que o governo adotou as medidas certas para enfrentar a crise, mas que ainda novas ações devem ser adotadas.
"A conclusão que se chega é que todos têm a consciência de que o governo tomou as medidas necessárias na hora correta. Todas as medidas já foram tomadas? Não, algumas ainda precisarão ser tomadas", disse.
O ministro de Relações Institucionais, José Múcio Monteiro, disse que o governo está consciente de que não pode tratar com "desdém" a crise. Ele afirmou que a expectativa do governo é de que o país deixe a crise antes de todo mundo.
"Devemos continuar com as mesmas preocupações, sem tratar a crise com desdém, sem desrespeito. Evidentemente somos otimistas, o quadro do Brasil é super favorável, dentro do quadro que o mundo vive e temos certeza de que se nós entramos na crise depois de todo o mundo, vamos sair antes de todo mundo".
A cúpula do governo ficou entusiasmada com uma pesquisa que o ministro da Fazenda apresentou mostrando que investidores de todo mundo apontam o Brasil como o segundo melhor mercado para aplicação de recursos. A economia brasileira perde apenas para a China. "Isso significa que o mundo olha pra nós como terra de bons investimentos e vão nós ajudar a gerar os empregos que precisamos", afirmou.
Social
Ficou acertada ainda uma reunião do governo com um grupo de empresários para tratar da política social. A ideia é mostrar como ocorreu o fortalecimento do mercado interno. "Vamos reunir o empresariado brasileiro para dizer onde está este fortalecimento, como isso aconteceu, como isso foi gerado, como houve uma movimentação das classes sociais mais baixas para as superiores", disse.