postado em 08/04/2009 11:57
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta quarta-feira (8/04) que as avaliações do mundo sobre a crise financeira internacional estão mudando e que as condições para ultrapassar este momento são favoráveis. Para o presidente, o pessimismo do final de 2008 em relação aos efeitos da crise foi substituído pela ideia de que a retomada do aquecimento dos mercados é possível. As declarações foram feitas durante o 1° Encontro Nacional de Comunicadores, promovido pela Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert).
O presidente destacou que a reunião do G20 (grupo dos países ricos e principais emergentes), realizada na última semana em Londres, foi um marco para a história do mundo, que vai passar a viver uma nova geografia econômica, sem preconceitos.
"Tive oportunidade de viver momento histórico, que vai mudar a geografia mundial. O G20 conseguiu produzir coisas inesperadas pelos mais otimistas do mundo. Efetivamente produziu marco de nova ordem mundial que será executada nos próximos meses em que pela primeira vez os BRICs e os emergentes não foram coadjuvantes na reunião. Eu voltei de Londres convencido que vamos dar a volta por cima nesta crise", disse.
O presidente contou que fez um pedido ao presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, em relação a crise, e reafirmou que reza mais pelo chefe de Estado norte-americano do que por ele mesmo. "Digo que eu rezo mais pelo Obama do que por mim mesmo, sabemos da capacidade e do potencial dos Estados Unidos, mas eles deixaram a crise ir muito longe. Falei para o Obama que não espero que ele acabe com a crise amanhã, mas que pelo menos estanque, estanque a crise", afirmou.
Lula disse ainda que foi uma decisão acertada o empréstimo do G20 para o Fundo Monetário Internacional (FMI) no valor de US$ 1,3 trilhão e lembrou que por 20 anos carregou faixas com o fundo pelo país. "Eu voltei otimista. O Brasil não tem presença de faz de conta. Todos sabem que precisamos um dos outros para resolver o problema. E o US$ 1,3 trilhão para o FMI foi decisão acertada. São mudanças importantes que vocês, como eu, não acreditavam que poderiam acontecer", disse.