Economia

Bolsas americanas abrem em alta com previsão de lucro de banco

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postado em 09/04/2009 11:52
As Bolsas americanas abriram em forte alta nesta quinta-feira (9/04), puxados pela notícia de que o Wells Fargo - quarto maior banco americano em ativos - deverá ter lucro recorde no primeiro trimestre do ano. Às 11h11 (em Brasília), a Nyse (Bolsa de Valores de Nova York, na sigla em inglês) tinha alta de 2,44%, indo para 8.028,34 pontos no índice DJIA (Dow Jones Industrial Average), enquanto o S 500 subia 2,87%, aos 848,85 pontos. A Bolsa tecnológica Nasdaq tinha ganho de 3,04% no indicador Nasdaq Composite, indo para 1.638,94 pontos. O Wells Fargo comunicou hoje que espera obter no primeiro trimestre de 2009 um lucro de US$ 3 bilhões, ou US$ 0,55 por ação, o que seria o novo recorde trimestral para a companhia. Se for confirmado, o lucro passará com facilidade as estimativas dos analistas de mercado (US$ 0,23 por ação) e darão novo fôlego para o setor bancário americano, que desde o mês passado teve uma série de boas notícias que mostram que estão saindo do buraco causado pelos créditos imobiliários de alto risco ("subprime"). No mês passado, o setor bancário já tinha sido a principal alavanca do mercado acionário americano, puxado pela informação de que Citigroup e Bank of America -os dois maiores bancos do país - tiveram lucro operacional no primeiro bimestre. A notícia faz com que as ações dos bancos apresentem fortes altas. Os papéis do Wells Fargo sobem 27,5%, seguido por Bank of America (16,4%), JPMorgan Chase (14,2%) e Citigroup (9,3%). Os dados macroeconômicos não afetam decisivamente os negócios em Wall Street, já que são dúbios. O Departamento do Trabalho informou hoje que a cifra total de pedidos iniciais do seguro-desemprego era de 654 mil na semana do dia 4, uma redução de 20 mil solicitações na comparação com o resultado da semana imediatamente anterior. Em compensação, a cifra total das pessoas que já recebiam o seguro-desemprego era de 5,84 milhões no final de março (até o dia 28), o que significa um aumento de 95 mil benefícios pagos na comparação com o resultado apurado até a penúltima semana do mês. Já o mercado varejista não trouxe boas notícias. A maioria teve queda nas vendas em março, e o Wal-Mart - maior empresa do setor nos EUA - teve crescimento abaixo do esperado pelos analistas.

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