postado em 09/04/2009 17:01
O Brasil foi convidado e aceitou nesta quinta-feira (7/4) se tornar parte do grupo dos países que emprestam dinheiro a outros por meio do FMI (Fundo Monetário Internacional).
Oficialmente, o Brasil fará parte do Plano de Transações Financeiras (PTF) do FMI. O plano é o mecanismo pelo qual o Fundo financia as suas operações de empréstimo. Atualmente, 47 países dos 185 membros do Fundo integram esse plano.
A inclusão do país no grupo será formalizada até o final deste mês e o Brasil passará a fazer parte da lista de credores potenciais do Fundo a partir de 1° de maio. De acordo com o ministro Guido Mantega (Fazenda), só são incluídos nesse plano os países que possuem balanços de pagamentos e níveis de reservas internacionais "suficientemente robustos". Essa avaliação é feita trimestralmente pela diretoria do FMI.
US$ 4,5 bilhões
Os países que integram esse clube se comprometem a colocar no FMI dinheiro até o limite da sua quota na instituição. No caso do Brasil, a quota corresponde a US$ 4,5 bilhões.
Ao colocar dinheiro no Fundo, o país adquire uma espécie de título emitido pelo Fundo, chamado "direitos especiais de saque". Esse "direito" podendo ser sacado imediatamente em caso de necessidade do Brasil, por isso, essa operação não afeta as reservas internacionais do país.
Enquanto o dinheiro ficar aplicado no FMI, ele vai render juros ao país. A taxa é calculada com base na média ponderada dos juros das dívidas de curto prazo nos mercados dos EUA, Zona do Euro, Inglaterra e Japão. Nos meses recentes, essa taxa foi de 0,42%, segundo o Ministério da Fazenda.
A última vez que o país fez parte desse grupo foi em 1982, segundo o ministro da Fazenda. Até o começo do atual governo, o Brasil era devedor do FMI.