postado em 09/04/2009 19:09
Os novos pedidos de seguro-desemprego cresceram 7,9% no primeiro trimestre deste ano em relação ao mesmo período do ano passado. Segundo dados do Ministério do Trabalho, foram solicitados 1,85 milhão de pedidos neste período, 135.645 a mais do que no primeiro trimestre de 2008.
A maior diferença se deu em janeiro, reflexo do número recorde de demissões de trabalhadores com carteira assinada no último mês do ano passado (654 mil vagas fechadas). No primeiro mês deste ano, foram cerca de 200 mil pedidos a mais.
Em fevereiro, os números ficaram mais próximos. Foram 580 mil pedidos, ante 534 mil no mesmo mês de 2008.
Em março, houve uma redução no número de pedidos na mesma comparação (de 582 mil para 566 mil). O número reflete os dados sobre o emprego formal em fevereiro, quando o país voltou a registra aumento de vagas, após três meses de queda.
De acordo com o ministério, o governo desembolsou R$ 4,3 bilhões com o pagamento do benefício aos trabalhadores no começo do ano --ante R$ 3,2 bilhões no ano passado. A diferença se explica também pelo aumento do salário mínimo, que nesse ano foi reajustado um mês antes, em fevereiro.
O balanço também mostra que 80% dos pedidos ficaram concentrados em 11 estados, comportamento semelhante ao do ano passado. São Paulo liderou o ranking de pedidos, com 29,3% das requisições, seguido por Minas Gerais (13,3%), Paraná (7,3%) e Rio de Janeiro (6,3%).
O seguro-desemprego é pago por um período que varia de três a cinco meses, dependendo do tempo em que o trabalhador ficou no emprego. O seguro vai de R$ 465 a R$ 870, sendo o valor médio pago de R$ 595,20.
Na semana passada, o Codefat (Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador) autorizou a liberação de dinheiro para o pagamento de duas parcelas adicionais do seguro-desemprego para os 103 mil trabalhadores demitidos sem justa causa em dezembro do ano passado, em função dos efeitos da crise econômica.