postado em 14/04/2009 14:35
A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) oscila, sem sustentar a recuperação registrada logo após a abertura dos negócios desta terça-feira. As Bolsas americanas, principal "guia" externo dos investidores domésticos, operam em terreno negativo, influenciadas por uma bateria de indicadores negativos. O câmbio alcança R$ 2,19.
O Ibovespa, índice que reflete os preços das ações mais negociadas, contrai 0,86% e bate os 45.595 pontos. O giro financeiro é de R$ 3,29 bilhões. Nos EUA, a Bolsa de Nova York recua 1,84%.
O dólar comercial é cotado por R$ 2,196, o que significa um acréscimo de 1,05% sobre a cotação de ontem. A taxa de risco-país marca 383 pontos, número 1,32% acima da pontuação anterior.
Entre as principais notícias do dia, o Departamento do Trabalho dos EUA informou que o índice de preços PPI (atacado) apontou deflação de 1,2% em março ante variação de 0,1% em fevereiro. O núcleo do índice (que exclui os preços de alimentos e energia) ficou estável, após uma ligeira alta de 0,2% em fevereiro. Analistas previam que o PPI apontaria estabilidade nos preços no mês passado.
O que pesou sobre o humor do mercado, no entanto, foram os dados do setor varejista americano, que mostraram uma contração de 1,1% em março, quando muitos esperavam um incremento de pelo menos 0,30%.
Empresas
O belga Fortis Bank amargou um prejuízo líquido de 20,6 bilhões de euros (US$ 27,3 bilhões) no ano passado. A empresa americana de produtos de higiene Johnson & Johnson apurou lucro líquido de US$ 3,51 bilhões no trimestre, resultado 2,5% abaixo do ganho apurado no trimestre inicial de 2008. Ontem à noite, o banco americano Goldman Sachs anunciou lucro líquido de US$ 1,66 bilhão no primeiro trimestre (lucro de US$ 3,39 por ação), ante US$ 1,47 bilhão em idêntico período de 2008. O resultado superou com folga as previsões dos analistas do mercado financeiro, que esperavam lucro de US$ 1,64 por ação.
No front doméstico, a Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) detectou um aumento de 0,31% no nível de emprego industrial, com a abertura de 7.500 vagas em março.
A FGV (Fundação Getulio Vargas) estimou que a produção industrial paulista teve crescimento de 6,2% em março.