Economia

Bovespa fecha com perdas de 1,25%, aos 45.418 pontos

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postado em 14/04/2009 17:37
As ações brasileiras foram negociadas com desconto nas últimas horas do pregão desta terça-feira (14/04). Os investidores optaram por vender papéis, interrompendo seis dias quase ininterruptos de ganhos. Até ontem, a bolsa acumulava ganhos de 12,4% somente neste mês. As bolsas americanas também cederam, sob influência de uma nova rodada de indicadores ruins da economia. O câmbio voltou para R$ 2,19. O termômetro da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), o Ibovespa, retraiu 1,25% no fechamento e marcou os 45.418 pontos. O giro financeiro foi de R$ 5,35 bilhões. Nos EUA, a Bolsa de Nova York fechou em queda de 1,71%. O dólar comercial foi vendido por R$ 2,195, o que significa um acréscimo de 1,01% sobre a cotação de ontem. A taxas de risco-país marca 384 pontos, número 1,58% acima da pontuação anterior. O efeito positivo do Goldman Sachs, que divulgou ontem à noite um lucro acima do esperado, teve efeito restrito tendo em vista uma semana que promete fortes emoções para os investidores: alguns dos principais protagonistas da crise dos créditos "subprimes" abrem seus resultados do primeiro trimestre nos próximos dias, a exemplo do JP Morgan (quinta), Citigroup (sexta) e Bank of America (segunda). Em relação às empresas brasileiras, os analistas também estão pouco otimistas sobre os balanços do trimestre. Há um certo alívio porque desta vez as empresas não devem mostrar os efeitos da violenta oscilação do dólar entre setembro e dezembro. Mas há temor quanto ao impacto do desaquecimento da economia mundial no primeiro trimestre. "Apesar do desastre que foi o quarto trimestre de 2008, é possível que ainda vejamos uma deterioração dos resultados corporativos neste primeiro trimestre de 2009. O ajuste de estoques, que foi responsável pela redução drástica da atividade no último trimestre de 2008, perdurou por parte relevante do primeiro trimestre de 2009 e ainda está presente em alguns setores", comenta a equipe de analistas da corretora Ativa, em relatório sobre as perspectivas para os balanços corporativos brasileiros. EUA Entre as principais notícias do dia, o Departamento do Trabalho dos EUA informou que o índice de preços PPI (atacado) apontou deflação de 1,2% em março ante variação de 0,1% em fevereiro. O núcleo do índice (que exclui os preços de alimentos e energia) ficou estável, após uma ligeira alta de 0,2% em fevereiro. Analistas previam que o PPI apontaria estabilidade nos preços no mês passado. O que pesou sobre o humor do mercado, no entanto, foram os dados do setor varejista americano, que mostraram uma contração de 1,1% em março, quando muitos esperavam um incremento de pelo menos 0,30%. Empresas O belga Fortis Bank amargou um prejuízo líquido de 20,6 bilhões de euros (US$ 27,3 bilhões) no ano passado. A empresa americana de produtos de higiene Johnson & Johnson apurou lucro líquido de US$ 3,51 bilhões no trimestre, resultado 2,5% abaixo do ganho apurado no trimestre inicial de 2008. Ontem à noite, o banco americano Goldman Sachs anunciou lucro líquido de US$ 1,66 bilhão no primeiro trimestre (lucro de US$ 3,39 por ação), ante US$ 1,47 bilhão em idêntico período de 2008. O resultado superou com folga as previsões dos analistas do mercado financeiro, que esperavam lucro de US$ 1,64 por ação. No front doméstico, a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) detectou um aumento de 0,31% no nível de emprego industrial, com a abertura de 7.500 vagas em março. A Fundação Getulio Vargas (FGV) estimou que a produção industrial paulista teve crescimento de 6,2% em março.

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