Economia

Obama diz que resgate de montadoras e AIG envolverá decisões difíceis

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postado em 14/04/2009 18:12
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou nesta terça-feira (14/04) que a reestruturação das montadoras e da seguradora AIG envolverá uma série de decisões "difíceis e, às vezes, impopulares." Em discurso na Universidade de Georgetown, em Washington, no qual analisou a situação econômica e as medidas adotadas contra a crise, Obama destacou que, nas próximas semanas, o governo avaliará a situação da General Motors (GM) e da Chrysler. Essas duas empresas receberam mais de US$ 17,4 bilhões de fundos públicos, e, para ter acesso ao dinheiro, garantiram que adotariam planos de viabilidade. "É nossa grande esperança que, nas próximas semanas, a Chrysler encontre um parceiro viável e que a General Motors desenvolva um plano empresarial que a coloque no caminho do lucro sem necessitar do eterno respaldo do contribuinte", explicou. A GM tem até 1° de junho para realizar sua reestruturação, enquanto o prazo da Chrysler expira em 1° de maio. Obama acrescentou que, ao mesmo tempo, o governo adotou medidas para aumentar a demanda por automóveis americanos e para ajudar os trabalhadores destas empresas, bem como as comunidades nas quais vivem. O presidente expressou ainda o compromisso com um setor automotivo americano "do século 21, que crie novos empregos e fabrique os veículos de consumo eficiente que nos conduzirão a um futuro limpo." Sobre a AIG, a qual precisará receber uma injeção de mais de US$ 200 bilhões de capital público para evitar a quebra, Obama disse que o investimento era necessário, porque a falência "poderia ameaçar todo o sistema financeiro e congelar o crédito mais ainda." "Por isso, precisamos de uma nova autoridade legal para que tenhamos a capacidade de intervir nestas instituições financeiras, para reestruturá-las de uma maneira ordenada que não conduza ao pânico", explicou o presidente americano.

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