Economia

Reservas de petróleo nos EUA têm maior alta em 18 anos; preço cai

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postado em 15/04/2009 17:04
O preço do petróleo teve ligeira queda nesta quarta-feira (15/04) depois que o Departamento de Energia americano divulgou que as reservas de petróleo no país subiram muito mais que o esperado na última semana e chegaram ao nível mais alto em mais de 18 anos. O barril do petróleo cru para entrega em maio encerrou o dia negociado a US$ 49,25, uma queda de 0,32% sobre o preço da commodity registrado ontem, na Nymex (Bolsa Mercantil de Nova York, na sigla em inglês). As reservas de petróleo nos Estados Unidos aumentaram em 5,6 milhões de barris na semana passada e ficaram em 366,7 milhões de barris, segundo o departamento. A agência informou que as reservas de petróleo estão acima da média para esta época do ano. O volume de reservas foi 16,5% superior ao de um ano antes. Segundo a agência, o estoque total é o maior desde o verificado na semana encerrada em 21 de setembro de 1990. A alta semanal, por sua vez, ficou muito acima da previsão dos analistas. Eles apostavam em um aumento de aproximadamente 2,5 milhões de barris. "Sim, nós estamos nadando em petróleo", afirmou Phil Flynn, analista da Alaron Trading. "Mas o mercado não tem sido mais afetado pelas notícias dessas grandes reservas. Nós já sabemos disso há algum tempo." Ainda nesta quarta, a Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) reduziu, pelo oitavo mês consecutivo, suas previsões sobre a demanda mundial de petróleo e destacou pressões para uma queda dos preços do barril, em consequência da crise econômica mundial. O cartel prevê agora uma queda de 1,37 milhões de barris diários (ou 1,6% em relação a 2008), sua previsão de redução na demanda global para este ano --430 mil barris por dia a mais que na previsão anterior. A demanda diária prevista agora é de 84,18 milhões de barris diários. "Nos próximos meses, o mercado permanecerá sob pressão pelas incertezas sobre as perspectivas econômicas, a deterioração da demanda e o excesso substancial da oferta", afirma a organização em seu boletim de abril, divulgado nesta quarta-feira.

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