Economia

Bolsas dos EUA abrem em queda, mesmo com lucro do JPMorgan

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postado em 16/04/2009 12:15
As Bolsas de Valores dos Estados Unidos abriram em baixa e operam perto da estabilidade mesmo com a notícia sobre o lucro do banco JPMorgan Chase, que superou as previsões dos analistas para o primeiro trimestre. Analistas apontam os testes de resistência dos bancos e o desemprego como principais motivos da preocupação dos investidores. Às 12h05 (em Brasília), a Nyse (Bolsa de Valores de Nova York, na sigla em inglês) estava em baixa de 0,65%, indo para 7.977,53 pontos no índice DJIA (Dow Jones Industrial Average), enquanto o S 500 caía 0,36%, para 849 mil pontos. A Bolsa Nasdaq operava em leve alta de 0,29%, indo para 1.631,52 pontos. Nesta quinta-feira, o JPMorgan divulgou um lucro de US$ 2,14 bilhões (US$ 0,40 por ação) no primeiro trimestre deste ano, 10% abaixo do registrado no mesmo período do ano passado. Mesmo com a queda em relação ao primeiro trimestre de 2008, o resultado superou as previsões dos analistas, de ganho de US$ 0,32 por ação. A receita do banco, por sua vez, bateu recorde e chegou a US$ 26,9 bilhões. Apesar disso, o banco anunciou que vem registrando aumento da inadimplência em seus empréstimos, o que gera novos temores sobre a saúde das instituições bancárias no país. Ontem, o governo americano confirmou que divulgará em maio os resultados dos testes de resistência a que os 19 principais bancos do país foram submetidos, na tentativa de restaurar a confiança no sistema financeiro. "Nossa esperança é de que os bancos que não estão saudáveis, ou precisam de ajuda, vão procurar nosso apoio em privado, e nós daremos os passos necessários para assisti-los a partir de então", disse o porta-voz da Casa Branca, Robert Gibbs. O jornal americano "The New York Times" noticiou que o governo americano decidiu divulgar a pesquisa porque entendeu que manter confidenciais os resultados poderia dar margens a rumores sobre quais das instituições submetidas aos testes teriam tido desempenho mais fraco, gerando mais desconfiança. Dados do Departamento do Trabalho, divulgados nesta quinta, informam que o número de pedidos iniciais de auxílio-desemprego nos EUA caiu em 53 mil na semana encerrada no último dia 11, para 610 mil pedidos, mas o número de americanos que continua a receber o benefício bateu um novo recorde, ao superar os 6 milhões pela primeira vez. Até a semana encerrada em 4 de abril, 6,022 milhões de pessoas recebiam o seguro-desemprego. No mês passado, a economia americana perdeu 663 mil postos de trabalho, enquanto a taxa de desemprego subiu para 8,5%, maior desde novembro de 1983, quando estava no mesmo patamar.

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