postado em 17/04/2009 10:23
A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) registra perdas desde os primeiros negócios desta sexta-feira (17/04). Os investidores operam com cautela, em meio a alertas sobre a crise global por organismos internacionais, demissões maciças em grandes empresas e lucros acima do esperado do Citigroup e do Google. A taxa de câmbio marca R$ 2,18.
O Ibovespa, principal índice de ações da Bolsa paulista, recua 0,19% e atinge os 45.938 pontos. Ontem, a Bolsa fechou em alta de 1,66%.
O dólar comercial é vendido por R$ 2,179, em uma leve alta de 0,09% sobre a cotação de ontem. A taxa de risco-país marca 383 pontos, número 0,77% abaixo da pontuação anterior.
As Bolsas asiáticas tiveram um dia de recuperação, a exemplo de Tóquio (1,7%) e Hong Kong (0,1%). Na Europa, a Bolsa londrina sobe 1.08% enquanto as ações valorizam 1,16% no mercado de Frankfurt.
Entre as primeiras notícias do dia, as empresas Toshiba e Sony Ericsson anunciaram planos de corte de custos que deve resultar na destruição de mais 5.900 postos de trabalho até 2010. A Toshiba afirmou que o próximo balanço a ser divulgado deve mostrar prejuízo de US$ 3,5 bilhões, enquanto a Sony comunicou que o resultado do primeiro trimestre foi uma perda de US$ 383 milhões.
O banco americano Citigroup informou que apurou seu primeiro resultado positivo em 18 meses: o lucro do primeiro trimestre atingiu US$ 1,59 bilhão, contra o prejuízo de US$ 5,11 bilhões em idêntico período de 2008.
Ontem à noite, o grupo Google comunicou lucro recorde de US$ 1,42 bilhão no primeiro trimestre, ante ganhos de US$ 1,31 bilhão no mesmo período de 2008.
No front doméstico, a Fipe-USP apontou inflação de 0,42% na segunda prévia do índice IPC de abril. No período imediatamente anterior foi de 0,40%.
O mercado deve repercutir ainda a sondagem da Universidade de Michigan sobre a confiança do consumidor americano na economia local, um importante indicador de tendências de consumo nos EUA. A divulgação está prevista para as 11h (hora de Brasília). Poucas horas depois, o presidente do Federal Reserve (banco central dos EUA), Ben Bernanke, volta a falar ao mercado.