Economia

Bolsas de NY têm baixa mesmo com lucros do Citi e da General Electric

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postado em 17/04/2009 12:05
As Bolsas americanas operam em baixa nesta sexta-feira (17/04), mesmo com os resultados trimestrais favoráveis do Citigroup e da General Electric (GE). O Citi obteve seu primeiro lucro após meses de perdas causadas pela crise financeira; já a GE manteve-se no azul, ainda que com um ganho 35% menor que o de um ano antes. Às 11h33 (em Brasília), a Nyse (Bolsa de Valores de Nova York, na sigla em inglês) estava em baixa de 0,33%, indo para 8.098,99 pontos, enquanto o S 500 - visto como um indicador mais amplo da situação do mercado de ações - caía 0,35%, indo para 862,27 pontos. A Bolsa Nasdaq operava em baixa de 0,86%, indo para 1.656,03 pontos. O Citi - um dos bancos mais atingidos pela crise financeira que acarretou a atual crise na economia global - lucrou US$ 1,59 bilhão no trimestre passado, contra prejuízo de US$ 5,11 bilhões no mesmo trimestre de 2008. O setor bancário americano trouxe notícias positivas para os investidores nesta semana: o JPMorgan lucrou US$ 2,14 bilhões (US$ 0,40 por ação) - resultado que, mesmo 10% menor que o registrado um ano antes, superou as previsões dos analistas, de ganho de US$ 0,32 por ação. Já o Goldman Sachs anunciou que teve lucro líquido de US$ 1,66 bilhão no primeiro trimestre (lucro de US$ 3,39 por ação), contra previsões de lucro de US$ 1,64 por ação. Além disso, o conglomerado GE (General Electric) anunciou um lucro líquido de US$ 2,8 bilhões (US$ 0,26 por ação) no primeiro trimestre deste ano, 35% a menos que o registrado um ano antes. Parte do otimismo que se viu nas últimas semanas no mercado financeiro se deveu à expectativa de que o setor bancário esteja mais perto da estabilização. Analistas, no entanto, advertem para a grande quantidade de problemas com inadimplência que os bancos ainda podem vir a enfrentar. "Há ondas de inadimplência e problemas creditícios que ainda têm de ser enfrentadas", disse o diretor de investimentos da Westport Resources Management, Joseph Tatusko. Confiança A Universidade de Michigan divulgou nesta sexta-feira seu indicador de confiança do consumidor referente a este mês: o índice ficou em 61,9 pontos, maior nível desde setembro. Em março, o índice apurado pela universidade havia ficado em 57,3 pontos. Em setembro do ano passado o índice estava em 70,3 pontos. Mesmo com o avanço, os índices nas Bolsas não reagiram. "Embora os consumidores acreditem que a economia já tenha atingido o fundo, a maioria prevê que, quando a economia começar a se recuperar, o avanço será muito lento", disse o diretor da pesquisa da universidade, Richard Curtin.

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