postado em 17/04/2009 17:25
O Brasil possui uma situação fiscal privilegiada se for comparada com "a esmagadora maioria" dos países do mundo, mesmo com a redução da meta de superávit primário de 2009 de 3,3% do PIB (Produto Interno Bruto) para 2,5%, disse nesta segunda-feira o ministro Guido Mantega (Fazenda).
Segundo ele, entre os países que participam do G20 (grupo dos países ricos e principais emergentes), o Brasil deverá terminar o ano com o segundo melhor resultado fiscal.
"Todos os países tiveram redução de arrecadação, todos fizeram políticas anti-cíclicas, estão estimulando a economia. E nós estamos fazendo isso com o melhor resultado fiscal, porque nós vamos ter um déficit nominal de algo como 2% do PIB, sendo que os EUA vão ter um déficit de 14%, 15% ou até 16%, o Reino Unido vai ter 12%, e assim por diante", disse o ministro durante a divulgação da redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) para fogões, geladeiras e máquinas de lavar roupa.
"Nós diminuímos nossa meta de superávit primário para 2009 porque nós tivemos uma queda no nível de atividade. (...) Este ano a economia está rodando em um ritmo menor, algo como 1,5% ou 2%, então a arrecadação naturalmente cai, e o governo resolveu manter todos os investimentos que estava fazendo", disse. "Portanto, com queda de arrecadação e aumento de iniciativas de estímulo à economia nos leva a um superávit menor em 2009." Mantega ainda garantiu que, para 2010, a meta de superávit primário voltará aos níveis do ano passado. "Para 2010, faremos o mesmo desempenho fiscal do ano passado. Ou seja, nossa meta é manter o resultado fiscal de 3,3%. Só tiramos a Petrobras, então vai de 3,8% para 3,3%. É uma meta ambiciosa de política fiscal que manterá as contas públicas equilibradas", disse.