postado em 19/04/2009 17:18
O novo primeiro-ministro da Hungria, Gordon Bajnai, deu hoje detalhes sobre um duro plano de austeridade, cuja meta é combater a crise orçamentária do país. Bajnai indicou que deve negociar com a União Europeia e o Fundo Monetário Internacional (FMI), os principais emprestadores em uma linha de crédito de US$ 25,1 bilhões que mantém o país solvente.
Confirmado no cargo na terça-feira, Bajnai disse em entrevista coletiva que "as medidas têm como foco colocar o país de volta em uma rota de crescimento no longo prazo - e as medidas mais dolorosas precisam ser implementadas agora". O novo líder disse que é possível manter o déficit orçamentário dentro do limite de 3% imposto pelos emprestadores. Mas queria também discutir com eles alguns "cenários alternativos".
Bajnai lidera um país que é um dos mais atingidos pela crise na Europa, com aumento do desemprego, rápida desvalorização da moeda, eleitores insatisfeitos e um Parlamento com uma frágil maioria. Ele disse que precisava dizer ao FMI que o pacote prejudicaria a economia no longo prazo, ao reduzir o consumo.
Entre as propostas apresentadas pelo primeiro-ministro estão o aumento de alguns impostos, o corte do 13º dos funcionários públicos a partir de 2010, o congelamento de salários por dois anos e a redução de subsídios para pagamentos de hipoteca.
Bajnai previu que o Produto Interno Bruto (PIB) da Hungria cairá entre 5,5% e 6% neste ano, bem abaixo da previsão anterior do governo, de queda de 3,5%. Segundo o primeiro-ministro, a previsão para 2010 é de crescimento próximo de zero. As informações são da Dow Jones.