postado em 20/04/2009 18:17
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, ordenou nesta segunda-feira (20/04) a seu governo que encontre um meio de cortar US$ 100 milhões do orçamento nos 90 próximos dias, como exemplo de rigor financeiro.
A iniciativa deve ilustrar a determinação de Obama de cortar os gastos do Estado, num momento em que o presidente está sob o fogo das críticas de seus adversários republicanos e dos defensores de um governo mais econômico.
"Temos a obrigação de garantir que o governo seja o mais eficiente possível, e que cada dólar pago pelos contribuintes seja investido de maneira sensata", declarou Obama ao término da primeira reunião com quase todos os membros de seu governo (faltou apenas um).
"Uma das mensagens que transmiti a todos os membros do governo foi a seguinte: vocês trabalharam muito bem até aqui, mas vão ter que trabalhar ainda mais. Pedi a cada um deles que identifiquem no total pelo menos US$ 100 milhões de economias suplementares no orçamento de sua administração", afirmou.
Segundo Obama, este esforço faz parte do exame detalhado do orçamento que já empreendeu sua equipe.
O presidente americano deve suprimir nas próximas semanas pelo menos cem programas governamentais considerados inúteis, para reinvestir o dinheiro em cobertura médica, educação, energia e política externa.
Obama admitiu que esta quantia de US$ 100 milhões de dólares não passa de "uma gota d'água no oceano", mas afirmou que "o acúmulo destas somas é que fará a diferença".
"Vamos examinar o orçamento linha após linha, página após página. Uma centena de milhões ali, outra centena de milhões aqui...É um bom dinheiro, até para os padrões de Washington", destacou.
Obama, que prometeu dividir o déficit por dois até o fim de seu mandato, em 2013, teve que lidar com a crise econômica: em seus três primeiros meses de governo, foi obrigado a tomar medidas que aumentaram ainda mais o déficit, como um gigantesco plano de 787 bilhões de dólares para relançar a economia e um importante apoio financeiro para os bancos.
O governo prevê para 2009 um déficit recorde de 1,750 trilhão de dólares.