Economia

Tesouro inicia emissão de títulos para o BNDES com R$ 13 bilhões

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postado em 22/04/2009 16:27
O Tesouro Nacional realizou no final de março a emissão dos primeiros títulos públicos que serão utilizados para capitalizar o Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Foram emitidos R$ 13 bilhões em papéis prefixados (LTN) para este fim. Ao longo do ano, serão feitas novas emissões, que podem chegar a até R$ 100 bilhões. Em janeiro, o governo anunciou que o banco estatal de investimento teria R$ 100 bilhões a mais no seu orçamento para ajudar a financiar as empresas durante o período de piora na crise econômica. Em troca do dinheiro, o BNDES irá pagar ao Tesouro juros de TJLP (6,25% anuais) mais 2,5% ao ano. Dívida A emissão desses títulos contribuiu para o aumento da dívida pública em março. A dívida pública federal cresceu 1,25% na comparação com fevereiro, para R$ 1,398 trilhão, segundo dados do Tesouro Nacional. A alta se deve à emissão líquida de novos títulos no valor de R$ 7,16 bilhões e um impacto dos juros de R$ 10,12 bilhões, um total de 17,28 bilhões. Sem a emissão, o aumento teria sido menor. O aumento se deu na dívida interna, onde houve o impacto da emissão, que subiu 1,64% devido à emissão líquida R$ 8,45 bilhões no mês passado e a um impacto de R$ 11,95 bilhões dos juros. Com isso, essa parcela da dívida ficou em R$ 1,267 trilhão. Já a dívida pública federal externa, que representa 9,33% da dívida total, caiu 2,36%, devido à valorização do real em relação às moedas estrangeiras nas quais o país é devedor. O valor da dívida externa ficou em R$ 130,45 bilhões (US$ 56,34 bilhões). A dívida pública federal deve terminar o ano entre R$ 1,45 trilhão e R$ 1,60 trilhão, de acordo com o Plano Anual de Financiamento do Tesouro Nacional. Selic A parcela de títulos prefixados na dívida total subiu de 26,4% para 28,03% em março. A participação dos papéis indexados à taxa Selic caiu de 34,92% para 33,71%. Os títulos remunerados por índices de preços passaram de 27,32% para 27,30%. O volume de títulos em poder público com vencimento no curto prazo (em até 12 meses) subiu de 27,79% para 29,97%. O prazo médio da dívida passou de 3,61 anos para 3,54 anos (a meta é ficar entre em no máximo 3,7 anos). O custo médio em 12 meses da dívida passou de 16,44% ao ano para 15,60% ao ano.

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