Economia

Bovespa fecha em alta de 2,03%, aos 45.801 pontos

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postado em 23/04/2009 18:08
Investidores mantiveram a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) em terreno positivo durante todo o pregão desta quinta-feira (23/04), ignorando o vaivém de Wall Street, buscando ações da Vale, bancos e siderúrgicas. Analistas destacam o papel dos estrangeiros como um dos "motores" do mercado de ações doméstico, ainda refletindo uma visão menos pessimista da economia brasileira frente à crise global. A taxa de câmbio teve um repique pontual e voltou ao patamar de R$ 2,21. O termômetro da Bolsa de São Paulo, o Ibovespa, teve avanço de 2,03% no fechamento e alcançou os 45.801 pontos. O giro financeiro foi de R$ 3,78 bilhões. Nos EUA, a Bolsa de Nova York fechou em alta de 0,89%. Segundo estatísticas da bolsa, o saldo de investimentos estrangeiros está positivo em R$ 3,08 bilhões (compras de ações maiores que vendas) até o pregão do dia 17. "Como nós já vimos em março, é o dinheiro dos estrangeiros entrando e dando força para a Bovespa. Nesse ritmo, nós podemos ver o Ibovespa chegar até os 50 mil pontos, que é aproximadamente a média de pontos dos últimos 200 dias", avalia José Carlos Oliveira, operador da corretora Senso. O dólar comercial foi negociado por R$ 2,219, o que representa um acréscimo de 0,86% sobre a cotação de ontem. A taxa de risco-país marca 393 pontos, número estável sobre a pontuação anterior. "Hoje nós vimos um fluxo de saída importante no mercado. Fora isso, não houve um motivo mais específico para a taxa de câmbio subir e a tendência ainda permanece de queda", comenta Luiz Carlos Baldan, diretor da corretora de câmbio Fourtrade. Entre as principais notícias do dia, o banco Credit Suisse registrou um lucro de 2 bilhões de francos suíços (US$ 1,72 bilhão) no primeiro trimestre deste ano, ante um prejuízo de 2,15 bilhões de francos suíços (US$ 1,85 bilhão) em idêntico período de 2008. O resultado superou as expectativas dos analistas, que projetavam um ganho limitado a 1 bilhão de francos suíços. Ainda no setor corporativo, a Fiat divulgou um prejuízo de 411 milhões de euros (US$ 536,7 milhões) para o primeiro trimestre deste ano, contra um lucro de 427 milhões de euros (US$ 557,6 milhões) alcançado no primeiro trimestre de 2008. Trata-se do primeiro resultado negativo da montadora num trimestre desde 2004. Nos EUA, o Departamento de Trabalho revelou um incremento na procura pelos benefícios do seguro-desemprego, um dos indicadores mais influentes da "saúde" do mercado de trabalho. A cifra total de solicitações atingiu 640 mil na semana passada, ainda pior do que o previsto por economistas do setor financeiro. Já o instituto privado NAR mostrou que o setor imobiliário continua em situação delicada nos EUA: a venda de casas usadas teve um decréscimo de 3% em março, quando analistas esperavam um declínio de 1,5%. No front doméstico, as notícias são um pouco melhores: a concessão de crédito cresceu novamente em março, enquanto os juros bancários retornaram para os níveis anteriores à piora da crise global.

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