Economia

Bovespa fecha em baixa de 2,04%, aos 45.819 pontos

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postado em 27/04/2009 17:19
A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) abriu em baixa e se manteve em território negativo durante todo o pregão desta segunda-feira. O mercado de ações doméstico não resistiu a uma onda de tensão global, provocada, entre outros fatores, pela gripe suína e sua escalada de vítimas. O câmbio não passou incólume e bateu R$ 2,22. Há dois dias da reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), a maioria dos economistas de bancos e corretoras espera que o Banco Central ajuste a taxa Selic de 11,25% ao ano para 10,25%. Uma corrente minoritária, no entanto, ainda vê um quadro bastante frágil para a economia brasileira e defende um corte mais agressivo, para 9,75%. "Apesar de alguns sinais de melhora dos indicadores da economia americana e de uma grande recuperação das bolsas, a situação ainda requer cautela", comenta Octavio Vaz, gestor de Renda Fixa da Global Equity. "Ainda existem algumas dúvidas em relação à saúde financeira dos principais bancos e seguradoras americanas, fazendo com que muitos investidores não sintam segurança suficiente para voltarem aos mercados", acrescenta. O termômetro da Bolsa, o Ibovespa, recuou 2,19% no fechamento, descendo para os 45.819 pontos. O giro financeiro foi de R$ 4,05 bilhões. Nos EUA, a Bolsa de Nova York sofreu perdas de 0,64%. O dólar comercial foi vendido por R$ 2,220, em alta de 1,27% sobre a cotação da semana passada. A taxa de risco-país marca 385 pontos, número 1,58% acima da pontuação anterior. Entre as principais notícias do dia, o boletim Focus, preparado pelo Banco Central, revelou que a maioria dos economistas do setor financeiro projeta um ajuste da taxa Selic de 11,25% para 10,25% nesta semana. Para o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), que serve como meta para o BC, a previsão subiu de 4,23% para 4,30%. A General Motors avisou que deve cortar 21 mil empregos nos EUA, além de desfazer da tradicional marca Pontiac. As medidas são parte do processo de reestruturação exigido pelo governo americano em troca de bilhões de dólares em ajuda financeira. Empresas Na sexta-feira, a Perdigão comunicou em caráter oficial que foram retomadas as conversas com a Sadia sobre uma possível associação de ambas. Os papéis das duas empresas são negociados com boa valorização na Bolsa: a ação da Sadia teve forte alta de 7,67% enquanto a ação da Perdigão desvalorizou 1,34% no pregão desta segunda. Ainda na sexta, a processadora de cartões de crédito no Brasil Redecard informou que teve lucro líquido recorrente de R$ 317,2 milhões no primeiro trimestre, número 42,6% superior ao resultado no início do ano passado. A ação ordinária teve queda de 0,30%.

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