postado em 28/04/2009 11:19
As ações das empresas de turismo e de aviação continuam caindo, enquanto as das farmacêuticas sobem na Europa, em reação às informações sobre a gripe suína, que já têm casos da doença espalhados em vários países do mundo. Por volta das 10h15 (de Brasília), a Bolsa de Londres caía 2,17%, a de Paris recuava 2,22% e a de Frankfurt tinha baixa de 2,68%.
A Associação Internacional do Transporte Aéreo (Iata, na sigla em inglês) alertou hoje que a gripe suína pode ter um impacto significativo sobre o tráfego aéreo, ao divulgar que a taxa de ocupação ficou em média em 72,1% em março, 5,4 pontos porcentuais abaixo da registrada em igual mês do ano passado. A demanda de passageiros caiu 11,1% no período, na mesma base de comparação.
Mais cedo, as ações da Lufthansa caíam 1% e as da British Airways cediam mais de 3%. Os papéis da operadora de turismo TUI recuavam 5%. Já os papéis da farmacêutica Roche avançavam 1% e as da Sanofi-Aventis, ganharam 1,6%. As da GlaxoSmithKline (GSK) operavam em alta de 1,3%.
O governo mexicano informou ontem à noite que o número de mortes com suspeita de terem sido causadas pela gripe suína aumentou para 152. Há casos confirmados nos Estados Unidos, Canadá, em alguns países europeus da União Europeia (UE), Nova Zelândia e Israel. Ontem, a Organização Mundial de Saúde (OMS) elevou de três para quatro o nível de alerta de risco de pandemia da gripe, significando que a transmissão de ser humano para ser humano foi verificada e "marca uma mudança significativa de aumento no risco de uma pandemia".
Fora desse foco, as montadoras também operavam em baixa hoje, em reação ao anúncio de prejuízo maior que o esperado pela alemão Daimler, cujas ações caíam 7%. A francesa Renault perdia 9%.
O setor bancário também é atingido. Informações publicadas hoje no jornal norte-americano Wall Street Journal (WSJ) de que o governo dos Estados Unidos está pressionando os bancos Citigroup e Bank of America (BofA) para se capitalizarem, com base nos resultados preliminares dos testes de estresse, pesam entre as ações de seus pares. Os papéis do francês BNP Paribas cederam mais de 6% e os do alemão Deutsche Bank caíram 7%.
Hoje, o Deutsche Bank informou que registrou lucro líquido de 1,19 bilhão de euros (US$ 1,54 bilhão) no primeiro trimestre deste ano, ante prejuízo líquido de 131 milhões de euros no mesmo período do ano passado. O desempenho acompanha o forte resultado mostrado por outros grandes bancos na Europa e nos Estados Unidos e ficou bem acima do previsto por analistas.