Economia

Estaleiros não comportam demanda dos novos projetos, diz Petrobras

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postado em 28/04/2009 17:06
O país necessita de mais estaleiros para atender à demanda da Petrobras por novas sondas e barcos de apoio. A afirmação é do diretor de abastecimento e refino da empresa, Paulo Roberto Costa, ao avaliar nesta terça-feira (28/4) as condições do mercado de fornecedores no Brasil, que segundo ele, precisa ser expandido. Para isso, representantes da própria Petrobras estão indo ao exterior buscar possíveis investidores que queiram produzir no Brasil para fornecer à estatal. Os diretores financeiro, Almir Barbassa, e de serviços, Renato Duque, percorreram alguns países da Ásia tentando atrair empresas. "O atual número de estaleiros do país, por exemplo, não comporta tudo o que está previsto no planejamento estratégico da empresa. Mas há movimentos no país, novos estaleiros estão sendo feitos, e esperamos que não pare por aí", afirmou Costa. A Petrobras estima que, dos US$ 158,2 bilhões em investimentos previstos para projetos no Brasil nos próximos cinco anos, US$ 100,9 bilhões serão aplicados em produtos nacionais, já que parte dos componentes dos equipamentos não são fabricados no Brasil, sendo adquiridos apenas no exterior. "Pela nossa vontade, compraríamos tudo aqui. Mas muitos equipamentos não são fabricados aqui", observou Costa. O diretor vislumbra que essa situação pode melhorar nos próximos anos, com a entrada em operação dos projetos situados na camada pré-sal. Nos próximos 12 anos, a camada pré-sal será responsável por uma adição de 1 milhão de barris/dia de petróleo. Em 18 anos, a produção na camada ultra profunda adicionará 1,8 milhão de barris/dia à produção nacional. "Queremos trazer mais empresas para o Brasil, produtoras de compressores de grande porte e turbinas, e com o pré-sal, vamos ter escala. Não teremos mais picos e vales, haverá um crescimento contínuo", ressaltou. Ainda em relação ao pré-sal, Costa garantiu que a Petrobras está "confortável" em desenvolver os projetos com o preço do barril entre US$ 35 e US$ 40. Na próxima sexta-feira, a petrolífera inicia produção em fase de testes no campo de Tupi, na camada pré-sal da bacia de Santos, cujas reservas estimadas variam entre 5 bilhões e 8 bilhões de barris de petróleo e gás natural. "Isso leva em conta o dado que temos sem os testes, nos quais buscaremos otimizar ainda mais os custos", completou.

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