postado em 29/04/2009 08:45
O Banco do Brasil quer convencer o governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, a vender o Banco de Brasília (BRB). O novo presidente do BB, Aldemir Bendine, garantiu nesta terça-feira (28/04) que as negociações não estão interrompidas. Bendine reconheceu que houve ;um pequeno solavanco;, por ocasião da troca de diretoria do banco, mas assegurou que permanece o interesse do Banco do Brasil. ;As negociações em relação ao BRB não estão interrompidas. Temos, inclusive, uma reunião programada para a próxima semana;, afirmou o presidente do BB, sem dar mais detalhes.
O GDF, por sua vez, reafirmou a posição de não negociar o banco. ;O governo do Distrito Federal não tem interesse em vender o BRB, continuamos com a mesma posição;, disse Arruda por meio de sua assessoria de imprensa. Para o Banco do Brasil, a compra do BRB, assim como a do Banestes (ES), faz parte da estratégia da instituição para crescer e voltar a ser o maior banco do país, posição que perdeu diante da fusão do Itaú com o Unibanco.
;O Banco do Brasil é visto pela população como o maior banco do país. Essa é uma meta dos funcionários do banco;, ressaltou Bendine. Para chegar lá, ele garantiu que o BB não medirá esforços. Além do crescimento via incorporação de outros bancos, a instituição está focada na ampliação do crédito e também no aumento da base de clientes. O BB promete ser agressivo também no mercado de cartões de crédito e de seguridade.
O banco também tem pela frente o desafio de atender o governo na redução do spread e dos juros. O novo presidente disse que não se sente pressionado. ;Não tomo decisões sozinho. São decisões técnicas;, assegurou.
Bendine procurou tranquilizar os acionistas minoritários. Ele disse que vai trabalhar para garantir a rentabilidade. ;A governança corporativa do BB é modelo;, observou. O BB tem hoje 21,7% de ações no mercado. Em 2011, serão 25%, o mínimo necessário para completar a exigência do Novo Mercado.