postado em 04/05/2009 10:30
A economia da China deve se resuperar no segundo trimestre de 2009 e registrar crescimento de 7% no período, ante um crescimento de 6,1% de janeiro a março - o menor em dez anos. A estimativa foi divulgada nesta segunda-feira (4/05) pelo Centro Nacional de Informação do país.
Segundo o estudo, estímulos fiscais e monetários maciços já começam a refletir na terceira maior economia do mundo. Desde o começo da crise, o governo chinês já gastou em torno de 4 trilhões de yuans (US$ 586 bilhões) em planos de resgaste para ajudar a elevar os investimentos e o crédito.
A pesquisa aponta que os investimentos da indústria e do setor de construção devem crescer 27,6% no segundo trimestre. A estimativa é chegar perto da alta de 28,8%, registrada no mesmo período de 2008.
Pesquisa feita com o setor manufatureiro do país mostrou que a atividade econômica voltou a crescer em abril, como resultado direto da alta na demanda interna e nas exportações dos produtos chineses.
O índice Purchasing Managers (PMI, na sigla em inglês) atingiu sua pontuação máxima em nove meses, de 50,1 em abril, ante 44,8 em março. Essa foi a primeira vez desde julho de 2008 que o índice Purchasing Managers (PMI, na sigla em inglês) ficou acima de 50.
Criado para fornecer uma visão instantânea das condições do setor de manufaturas, o PMI apresenta expansão quando fica acima dos 50 pontos, e contração quando está abaixo desse patamar.
A pesquisa é feita com executivos do setor pela corretora CLSA, sediada em Hong Kong. Para o pesquisador Eric Fishwick, "os planos de ajuda extremamente bem-sucedidos do governo para aumentar os investimentos, combinado com uma alta nas exportações, levou o PMI de volta para terreno positivo".
Ainda assim, a CSLA afirmou que grande parte da alta nesse índice ocorreu em decorrência dos ajustes nos estoques dos mercados externos. De acordo com a pesquisa, a alta só será mantida nos indicadores com um mercado interno forte.