Economia

Custo da cesta básica sobe em dez de 17 capitais, afirma Dieese

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postado em 06/05/2009 10:45
O custo da cesta básica em abril subiu em dez das 17 capitais pesquisadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). "Os preços dos itens que compõem a cesta básica não apresentaram alta generalizada, ainda que dez das 17 capitais acompanhadas tenham registrado aumento em abril", informa o Dieese. De acordo com a pesquisa, três produtos (leite, açúcar e manteiga) subiram em 11 capitais. O café e o tomate tiveram elevação em dez e o preço da batata aumentou nas nove localidades onde o item é acompanhado. As maiores quedas de preços dos gêneros alimentícios essenciais ocorreram em Manaus (-2,58%) e Aracaju (-2,16%). Em outras dez cidades, o custo da cesta subiu, com destaque para João Pessoa (5,32%), Fortaleza (3,95%) e Belo Horizonte (3,85%). Porto Alegre manteve o posto de capital com a cesta básica mais cara (R$ 234,81), mesmo com a redução de 1,64% do preço dos gêneros essenciais. Em São Paulo, a cesta subiu 1,68%, para R$ 225,63, e no Rio de Janeiro, 1,82%, para R$ 222,60. Aracaju continuou a ter o menor custo (R$ 163,76), seguida por Recife (R$ 176,65) e João Pessoa (R$ 184,02). Com base no maior valor apurado para a cesta, o salário mínimo para suprir as despesas de um trabalhador e sua família (com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência) deveria ser de R$ 1.972,64, ou seja, 4,24 vezes o mínimo vigente (R$ 465), enquanto em março o valor necessário era de R$ 2.005,57. Em abril de 2008, o mínimo era estimado pelo Dieese em R$ 1.918,12, ou 4,62 vezes o piso de então (R$ 415). Nos primeiros quatro meses do ano, 15 capitais registraram variação acumulada negativa para o custo da cesta básica. As maiores quedas, entre janeiro e abril, ocorreram em Aracaju (-15,27%), Florianópolis (-12,09%), Natal (-9,88%), Curitiba (-8,57%) e João Pessoa (-8,24%). Os aumentos foram apurados em Goiânia (1,16%) e Belém (0,74%). Em 12 meses, no entanto, seis das 16 capitais pesquisadas (até então Manaus não fazia parte da pesquisa) apresentaram variação acumulada negativa. As maiores retrações, em 12 meses, foram apuradas em Belo Horizonte (-6,03%) e Aracaju (-5,50%). As maiores elevações foram em Goiânia (9,38%), Salvador (8,21%), Porto Alegre (3,54%), Vitória (3,26%) e Brasília (3,25%). Ainda não existem dados anuais para Manaus.

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