Economia

Bolsas dos EUA sobem com teste de bancos e dados de emprego

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postado em 06/05/2009 17:44
As bolsas americanas encerraram o dia em alta nesta quarta-feira (6/05), com o ânimo dos investidores sobre notícias positivas dos testes de resistência realizados com os 19 maiores bancos do país. A desaceleração nos cortes de empregos em abril também ajudou a elevar o nível de negócios em Wall Street. O índice Dow Jones Industrial Average, principal indicador da Nyse (Bolsa de Valores de Nova York, na sigla em inglês), subiu 1,21%, para 8.512,28 pontos, enquanto o índice ampliado S 500 avançou 1,74%, para 919,53 pontos. Na Bolsa tecnológica Nasdaq, o indicador Nasdaq Composite valorizou 0,28%, para 1.759,10 pontos. Nesta quarta-feira, reportagem do jornal "The Wall Street Journal" diz que os bancos JPMorgan Chase e Bank of New York Mellon e a operadora de cartões American Express não precisarão de recursos adicionais para enfrentar uma eventual piora na economia nos EUA. Pessoas envolvidas na execução dos testes com os bancos afirmaram que as três instituições fazem parte do grupo que passou no teste. Das 19 empresas avaliadas, nove estão nessa posição confortável. Do outro lado, estão as instituições às quais foi recomendada a concessão de novos empréstimos junto ao governo. Citigroup e Bank of America, que já pegaram US$ 45 bilhões, são os mais cotados para buscar novos fundos. O governo americano calculou que o Bank of America deve captar entre US$ 33,9 bilhões e US$ 35 bilhões extras para superar eventual agravamento da recessão no país. Por sua vez, o Citi deve precisar de mais US$ 10 bilhões. Já o Wells Fargo anunciou que quer convencer as autoridades monetárias do país de que não quer aportes extras. O resultado completo do teste, feito em fevereiro, deve ser divulgado nesta quinta-feira (7), após o fechamento das Bolsas. Mais cedo, uma pesquisa do Center for Public Integrity, organização americana de jornalismo de investigação, apontou que os bancos são os principais culpados da crise financeira. O estudo concluiu que pelo menos 25 entidades de créditos imobiliários autorizaram empréstimos de alto risco que provocaram a crise do setor imobiliário --a qual estourou em 2007 iniciando a crise econômica mundial. A maior parte destes organismos pertenciam a bancos americanos e europeus. O Center for Public Integrity afirmou ter estudado números do governo americano referentes a quase 7,2 milhões de empréstimos de risco concedidos entre 2005 e 2007, pouco antes da crise dos "subprime" (crédito imobiliário de alto risco). Emprego Também animou os investidores a notícia sobre a queda de 30,6% no número de demissões do setor privado em abril na comparação com março deste ano. Segundo a consultoria de recursos humanos ADP Employer Services, foram fechados 491 mil postos de trabalho em abril --número muito abaixo das estimativas dos analistas. O número divulgado pela ADP no mês passado era de 742 mil cortes. Os economistas esperavam o fechamento de 650 mil vagas no setor privado no mês. Para Joel Prakken, responsável pelo estudo, o número é positivo porque mostra uma estabilização do desemprego, embora ainda não signifique uma retomada econômica. "Apesar dos recentes indicativos de que o mercado financeiro, o gasto dos consumidores e o setor imobiliário chegaram à estabilidade, o emprego --que puxa o consumo no país-- ainda vai continuar recuando por mais alguns meses", afirmou.

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