Economia

Lucro da AmBev sobe 32% no trimestre para R$ 1,61 bi

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postado em 07/05/2009 08:54
A companhia de bebidas AmBev informou que registrou lucro líquido de R$ 1,613 bilhão nos três primeiros meses deste ano, o que representa uma alta de 32,2% ante os ganhos apurados um ano antes, segundo o padrão contábil IFRS. No período entre janeiro e março de 2009, o Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) da companhia somou R$ 2,8 bilhões, com crescimento orgânico (sem considerar fusões e aquisições) de 27% ante o registrado no primeiro trimestre do ano passado. A receita líquida da companhia subiu 10,7% na mesma base de comparação, considerando-se o critério de crescimento orgânico, para R$ 5,656 bilhões. O volume de vendas de cerveja da AmBev no Brasil, principal negócio da companhia, cresceu 7,6% no primeiro trimestre de 2009, em comparação com o mesmo trimestre do ano anterior, e somou 17,8 milhões de hectolitros. Segundo a empresa, o clima mais favorável no período, a ocorrência do Carnaval mais tarde este ano, além do aumento da renda disponível do consumidor pela primeira vez em seis trimestres, com a desaceleração da inflação de alimentos e o aumento do salário mínimo, favoreceram o consumo de cerveja no País no período. A participação de mercado da AmBev no segmento foi de 67% entre janeiro e março deste ano, 0,70 ponto porcentual abaixo do mesmo período do ano anterior. A perda de market share é atribuída pela companhia ao reajuste de preço implementados no início do verão. No segmento de bebidas não alcoólicas e não carbonatadas, a fabricante obteve um aumento ainda mais significativo no volume vendido, da ordem de 12,6%, para 6,5 milhões de hectolitros. O clima favorável, o aumento da renda disponível e o Carnaval também impulsionaram as vendas, segundo a companhia, que também obteve um ganho de participação de mercado de 0,40 ponto porcentual, para 17,4% nos três primeiros meses deste ano. No consolidado, o volume comercializado pela AmBev no País, no primeiro trimestre de 2009, subiu 8,9% ante igual período de 2008. ABInBev Já a cervejaria Anheuser-Busch InBev (ABInBev), controladora da AmBev, registrou no primeiro trimestre de 2009 um aumento do lucro melhor do que o esperado, de 10%, mas alertou que os custos em elevação e os fortes resultados do ano passado vão dificultar a repetição do desempenho ao longo deste ano. O lucro ajustado do primeiro trimestre foi de US$ 783 milhões, incluindo itens extraordinários de US$ 716 milhões. O lucro trimestral do ano passado é uma estimativa da companhia de qual teria sido o resultado se fossem incluídos os lucros da norte-americana Anheuser-Busch, que a belgo-brasileira InBev comprou em novembro de 2008. O Ebitda ajustado por itens extraordinários da companhia foi de US$ 2,79 bilhões, acima dos US$ 2,53 bilhões de Ebitda ajustado do primeiro trimestre de 2008, com fortes vendas na América Latina e na Europa Central e do Leste. As vendas totalizaram US$ 8,2 bilhões, abaixo dos US$ 8,85 bilhões de um ano antes. O declínio se deveu principalmente à desvalorização do real ante o dólar, que teve um impacto de US$ 1 bilhão sobre as vendas. Excluindo esses efeitos, o faturamento aumentou 4,7%. "No geral, a cerveja está confirmando ser um negócio muito resistente, mesmo numa recessão", disse o diretor financeiro da ABInBev, o brasileiro Felipe Dutra. Porém, os investidores não devem esperar um crescimento semelhante do Ebitda no restante do ano, disse a companhia. A cervejaria estima um crescimento porcentual nos custos unitários da cerveja vendida na faixa de "um dígito porcentual" pelo restante do ano. Entretanto, os resultados do ano passado foram razoavelmente fortes e a desaceleração econômica terá algum impacto. "O ambiente operacional continua desafiador", disse Dutra. A fabricante das cervejas Budweiser, Stella Artois e de dezenas de outras marcas anunciou também que vai vender a cervejaria sul-coreana Oriental para o fundo que compra participações em empresas (private equity) Kohlberg Kravis Roberts, por US$ 1,8 bilhão, a fim de ajudar a pagar a dívida decorrente da compra da Anheuser-Busch pela InBev. O acordo concede à AB InBev o direito de recomprar a Oriental dentro de cinco anos sob "termos financeiros predeterminados", que não foram divulgados.

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