postado em 07/05/2009 09:08
As principais Bolsas europeias operam com ganhos nesta quinta-feira (7/05), puxadas pela expectativa dos investidores com a divulgação das taxas de juros no Reino Unido e na zona do euro. Os analistas esperam que o Banco Central Europeu (BCE) faça novos cortes nas taxas.
Às 8h47 (hora de Brasília), a Bolsa de Londres subia 2,24% no índice FTSE 100, indo para 4.495,04 pontos; a Bolsa de Paris avançava 1,78% no índice CAC 40, para 3.341,84 pontos; a Bolsa de Amsterdã registrava ganho de 2,66% no índice AEX General, indo para 262,07 pontos; a Bolsa de Frankfurt acelerava 1,46% no índice DAX, indo para 4.951,75 pontos; a Bolsa de Milão subia 2,28% no índice MIBTel, indo para 16.178 pontos; a Bolsa de Zurique ganhava 1,32%, indo para 5.389,64 pontos no índice Swiss Market.
"Houve muita ação drástica dos bancos [centrais da região] nos últimos 12 meses e acredito que esse é o caminho para onde vai o mercado a partir de agora", afirmou Darren Winder, diretor de pesquisa da corretora Cazenove.
"Mas eu acredito que as decisões de hoje não terão tanto impacto [quanto as anteriores]. O mercado já está olhando para o futuro com menos pessimismo." As ações de bancos tinham alta nesta quinta, com destaque para os ganhos entre 4,6% e 5,4% dos papéis de empresas como o BNP Paribas, HSBC, UBS, UniCredit e Deutsche Bank.
O setor bancário, na Europa e nos EUA, estão de olho nos resultados dos testes de estresse realizado pelo governo americano com os 19 maiores bancos do país, para avaliar a capacidade financeira das instituições em caso de piora da crise.
Nesta quinta-feira, o jornal "The New York Times cita que o Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) recomendou que ao menos sete dos maiores bancos do país reforcem seus níveis de capital.
Segundo fontes do governo, ao menos nove das 19 instituições testadas não precisarão de mais verbas - entre elas estão os bancos JPMorgan Chase, American Express, Bank of New York Mellon e Goldman Sachs.
Dos que precisarão de mais dinheiro para segurar uma piora na crise, estão o Bank of America e o Citigroup, que já pegaram mais de US$ 45 bilhões do governo e podem precisar de mais US$ 35 bilhões e US$ 10 bilhões, respectivamente.
Ontem, o secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Timothy Geithner, disse que nenhum dos 19 bancos que se submeteram aos "testes de estresse" realizados pelo governo se declarou insolvente, e que o resultado dos testes será "tranquilizador".
O secretário disse que os bancos que precisarem de mais fundos poderão transformar ações preferenciais nas mãos de investidores privados ou do governo em capital comum ou vender ativos adicionais. "O governo continuará por trás deste processo, porque queremos mostrar ao mundo que há capital suficiente no sistema", afirmou.