Economia

Bolsas dos EUA caem com cautela sobre bancos

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postado em 07/05/2009 15:43
As Bolsas de Valores dos Estados Unidos inverteram a tendência e operam em queda nesta quinta-feira (7/05) com a cautela dos investidores sobre o setor bancário. Hoje o governo divulgará o resultados dos testes de resistência feito com as 19 maiores empresas do setor nos EUA para avaliar a capacidade delas de sobreviver a uma piora na crise. Às 15h12 (em Brasília), o índice Dow Jones Industrial Average, principal indicador da Bolsa de Valores de Nova York (Nyse, na sigla em inglês), caía 1,32%, para 8.399,74 pontos, enquanto o índice ampliado S 500 recuava 1,43%, para 906,34 pontos. Na Bolsa tecnológica Nasdaq, o indicador Nasdaq Composite desvalorizava 2,83%, para 1.709,30 pontos. O que não falta no mercado financeiro é especulação sobre quais bancos vão precisar de mais capital para aguentar um eventual agravamento da recessão nos Estados Unidos. Mas a curiosidade só será saciada pelo governo americano após o fechamento dos negócios --e, por isso, os investidores preferem se retrair e esperar o dado oficial. Avaliando cenários para um eventual aprofundamento da recessão da economia americana, o Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) recomendou que a maioria dos bancos levante mais verbas para enfrentar uma piora na recessão. No total, seria preciso US$ 65 bilhões extras para as instituições, segundo o jornal "The Wall Street Journal". O "New York Times" crava US$ 100 bilhões. Entre os bancos que precisarão de mais dinheiro estão o Bank of America e o Citigroup, que já pegaram mais de US$ 45 bilhões do governo. No outro grupo estão JPMorgan Chase, American Express, Bank of New York Mellon e Goldman Sachs, entre outras. Os bancos que não tiverem capital suficiente terão um prazo de 30 dias para elaborar um plano diante da situação, e seis meses para arrecadar o dinheiro. O Fed deixou claro, de qualquer forma, que não permitirá que nenhum dos participantes do programa "naufrague". Hoje, o presidente do Fed, Ben Bernanke, defendeu que os reguladores devem melhorar não só a supervisão de bancos individuais, mas também a do sistema financeiro como um todo, para evitar futuras crises financeiras. Em discurso via satélite perante a conferência do Fed em Chicago, Bernanke afirmou que, com maior regulação do mercado, as autoridades poderão detectar fatos que coloquem em risco o fluxo normal de crédito, as operações de mercado e o comércio. Emprego Enquanto o resultado do "teste de stress" não sai, o mercado repercute os pedidos iniciais de seguro-desemprego, que teve o menor nível desde janeiro, e das vendas do varejo, que vieram melhores que o esperado pelos analistas do setor. O Departamento de Trabalho dos EUA informou que a cifra total de solicitações encolheu para 601 mil na semana passada (até o dia 2), bem abaixo da estimativa de 635 mil prevista por economistas dos bancos e corretoras. O número de favorecidos, no entanto, atingiu a casa dos 6,35 milhões, número recorde pela 14° semana consecutiva. No setor varejista, as vendas da gigante Wal-Mart no conceito mesmas lojas --que conta apenas as vendas nas unidades com ao menos um ano de funcionamento-- subiu 5%, muito mais que os 2,9% esperados. Outras redes, como a Stage Stores e a Wet Seal, informaram reduções nas vendas menores que as esperadas.

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