Economia

GM quer expandir fusão com a Fiat para América do Sul

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postado em 07/05/2009 16:11
A montadora italiana Fiat planeja expandir as negociações com a General Motors (GM) para outros continentes além da Europa. Entre os novos alvos para um acordo estão as subsidiárias da GM na América do Sul e na África. Segundo uma cópia da proposta da Fiat obtida pela agência de notícias Reuters, a italiana quer superar a crise econômica global aumentando suas operações para outros mercados globais. Se fechar o acordo, a montadora italiana pode se tornar a segunda maior empresa do setor, atrás somente da japonesa Toyota. A Fiat fechou na semana passada uma parceria com a Chrysler, pela qual passará a ter participação na montadora de Detroit (EUA) em troca de maior acesso ao mercado americano e a transferência de tecnologias para fabricação de carros compactos. Na Europa, a Fiat quer fundir seus negócios de automóveis com as marcas Opel (Alemanha), Vauxhall (Reino Unido) e Saab (Suécia) --todas operadas pela GM. No projeto, a montadora diz que busca "permanecer como uma das cinco ou seis companhias sobreviventes no mercado automotivo global". Fusão na Europa Estimativas realizadas pela Fiat apontam para um custo de reestruturação de até 500 milhões de euros (US$ 666,1 milhões) relativos a cortes de funcionários na Europa. Uma eventual fusão viria ao custo de fechamentos de algumas fábricas e redução de tamanho de algumas instalações, informa a Reuters. "A Fiat busca manter a independência das marcas, operando as grifes fora da Itália a partir de filiais na Alemanha e na Suécia", informa o documento. A GM europeia afirmou que precisaria cortar 1,2 bilhão de euros (cerca de US$ 1,6 bilhão) em custos para a unidade alemã Opel voltar a lucrar dentro dos próximos dois anos. A montadora também afirma que deve precisar de 3,3 bilhões de euros (US$ 4,4 bilhões) de ajuda estatal para evitar cortes de empregos e fechamento de fábricas. Pessoas próximas às negociações entre GM e Fiat afirmaram que a montadora americana poderia ter participação acionária na empresa resultante das fusões na região.

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