postado em 08/05/2009 12:19
O banco de investimentos Morgan Stanley informou nesta sexta-feira (8/05) que levantou US$ 3,5 bilhões com a venda de ações ordinárias, a fim de atender a recomendação do "teste de estresse" feito pelo governo dos Estados Unidos. A avaliação, feita para verificar a resistência dos bancos a uma eventual piora na crise, sugeriu que a instituição levantasse mais US$ 1,8 bilhão.
A empresa anunciou que vendeu 146 milhões de ações ordinárias a US$ 24 cada, e que o montante arrecadado superou as expectativas - ontem, o banco divulgou que tentaria conseguir US$ 2 bilhões em ações. Funcionários do banco afirmaram que a proposta teve excesso de demanda.
O banco também aumentou o tamanho de oferta de títulos de US$ 3 bilhões para US$ 4 bilhões, um importante voto de confiança sobre a instituição já que essa dívida não é garantida pela agência federal de garantia de depósitos bancários (FDIC).
Reportagem da agência Reuters cita que a oferta dos títulos abre caminho para o Morgan pagar os US$ 10 bilhões emprestados pelo Tesouro norte-americano no ano passado, como parte do plano de resgate da instituição.
"Teste de estresse"
O Fed (Federal Reserve, o BC americano) informou nesta quinta-feira que dez dos 19 maiores bancos dos Estados Unidos terão que captar US$ 74,6 bilhões em fundos próprios, segundo o resultado do "teste de estresse" aplicado sobre eles.
O banco que mais precisa de recursos é o Bank of America, o segundo maior do país, que deve captar US$ 33,9 bilhões. Em seguida aparecem Wells Fargo (US$ 13,7 bilhões), GMAC (US$ 11,5 bilhões), Citigroup (US$ 5,5 bilhões) e Morgan Stanley (US$ 1,8 bilhões).
O Wells Fargo anunciou ainda ontem que fará uma emissão de novas ações ordinárias no valor de US$ 6 bilhões para impulsionar a capitalização do banco. O Bank of America também anunciou que vai vender US$ 1,25 bihão em ações.
Nove das instituições financeiras submetidos ao teste não vão precisar captar fundos, informou o Fed. Entre eles estão o JPMorgan Chase --o terceiro maior do país--, a emissora de cartões de crédito American Express, o banco de investimento Goldman Sachs e a seguradora MetLife.