Economia

Bolsas dos EUA operam em alta com dados sobre emprego

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postado em 08/05/2009 16:05
As Bolsas de Valores dos Estados Unidos operavam com ganhos nesta sexta-feira após a divulgação dos dados de emprego no país em abril. Apesar de a taxa de desemprego ter atingido o maior patamar desde 83, os investidores se animaram com a desaceleração no volume de demissões. Às 14h50 (em Brasília), o índice Dow Jones Industrial Average, principal indicador da Nyse (Bolsa de Valores de Nova York, na sigla em inglês), subia 1,49%, para 8.535,06 pontos, enquanto o índice ampliado S 500 avançava 1,82%, para 923,87 pontos. Na Bolsa tecnológica Nasdaq, o indicador Nasdaq Composite valorizava 0,73%, para 1.728,82 pontos. O Departamento do Trabalho divulgou que a economia americana fechou 539 mil postos de trabalho em abril, ante as 699 mil demissões registradas em março. A taxa de desemprego, por sua vez, passou de 8,5% em março a 8,9% no mês passado. O que parece um dado ruim foi bem recebido pelo mercado por dois motivos. Primeiro porque é o menor volume de demissões em seis meses --indicando uma possível recuperação do mercado de trabalho-- e por ter vindo bem melhor do que o esperado pelos analistas do setor. Eles projetavam uma perda líquida de aproximadamente 600 mil vagas. "As notícias nunca são boas quando são negativas", afirmou Alan Skrainka, estrategista da Edward Jones. "Mas não há como mudar o fato de que as taxas [de desemprego no país] estão desacelerando." Ajudaram a impulsionar os negócios a alta nas ações do setor bancário, com destaque para os papéis do Citigroup (7,9%) e do Bank of America (4,2%). Antes cautelosos com a divulgação do resultado dos "testes de estresse", os investidores voltaram às compras nesta sexta-feira. Ontem, o Fed (Federal Reserve) informou que o "teste de estresse" mostrou que dez dos 19 maiores bancos dos Estados Unidos terão que captar US$ 74,6 bilhões em fundos próprios para poderem suportar uma eventual piora da recessão no país. Alvo de especulação ao longo de toda a semana, o resultado do teste ficou dentro da expectativa do mercado --de que os bancos precisariam de algo entre US$ 65 bilhões e US$ 100 bilhões. O banco que mais precisa de recursos é o Bank of America, o segundo maior do país, que deve captar US$ 33,9 bilhões. Em seguida aparecem Wells Fargo (US$ 13,7 bilhões), GMAC (US$ 11,5 bilhões), Citigroup (US$ 5,5 bilhões) e Morgan Stanley (US$ 1,8 bilhões). Nove das instituições financeiras submetidos ao "teste de stress" não vão precisar captar fundos, informou o Fed. Entre eles estão o JPMorgan Chase-- o terceiro maior do país--, a emissora de cartões de crédito American Express, o banco de investimento Goldman Sachs e a seguradora MetLife.

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