Jornal Correio Braziliense

Economia

Petróleo encerra semana em alta com dados positivos de emprego nos EUA

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O barril de petróleo encerrou a semana com valorização de 3,38%, puxado pelos dados sobre emprego nos Estados Unidos. O barril do petróleo cru tipo WTI para entrega em junho fechou o dia negociado a US$ 58,63 na Nymex (Bolsa Mercantil de Nova York, na sigla em inglês). As sucessivas notícias sobre a melhora na economia americana e a expectativa dos investidores com uma retomada no consumo elevaram o preço da commodity em quase 17,5% em duas semanas. No último dia 28, o barril era negociado a US$ 49,92 na última sessão de queda até esta sexta-feira. O dado positivo desta sexta foi a desaceleração no volume de demissões no país. O Departamento do Trabalho divulgou que a economia americana fechou 539 mil postos de trabalho em abril, ante as 699 mil demissões registradas em março. A taxa de desemprego, por sua vez, passou de 8,5% em março a 8,9% no mês passado. O que parece um dado ruim foi bem recebido pelos investidores por dois motivos. Primeiro porque este é o menor volume de demissões em seis meses --indicando uma possível recuperação do mercado de trabalho-- e por ter vindo bem melhor do que o esperado pelos analistas do setor. Eles projetavam uma perda líquida de aproximadamente 600 mil vagas. Na quarta-feira (6), o Departamento de Energia divulgou que as reservas de petróleo do país têm crescido com menos intensidade, contrariando as expectativas dos analistas e apontando para uma aceleração no consumo. Na semana encerrada em 1° de maio, as reservas ganharam 600 mil barris, chegando a um acumulado de 375,3 milhões de barris --maior nível desde 1990. Analistas esperavam um aumento de 2,2 milhões de barris no período. Desde segunda-feira (4) o barril bate recordes consecutivos de preço no ano. A queda na demanda, somada à preocupação com a recessão econômica global, derrubou o preço a US$ 35 em fevereiro, um dos menores preços da história. Isso menos de um ano depois de a commodity ser cotada em US$ 147. "Ocorre uma descrença de que o petróleo e a gasolina possam desafiar as reações normais vistas na história com relação aos níveis de estoque e demanda", afirmou Phil Flynn, analista da Alaron Trading. "Os investidores estão me ligando porque não conseguiram entender o que está acontecendo."