Economia

Empresas dos setores de commodities e construção civil lideram altas neste ano

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postado em 11/05/2009 09:04
As ações de empresas dos setores de construção civil e commodities estão entre as que têm apresentado maior alta na Bovespa, passado o impacto inicial da crise financeira. Na semana passada, a Bovespa voltou a romper a barreira dos 50 mil pontos puxada em boa medida pelos sinais de retomada da atividade industrial na China, o que pressionou os preços das commodities no mercado internacional. Nesse cenário, as companhias de mineração e siderurgia tiveram seus papéis impulsionados na Bolsa de Valores paulista. De janeiro a abril deste ano, as ações ordinárias da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), por exemplo, registraram alta de 47,07%. Os papéis da Vale também passaram por expressiva valorização. No acumulado deste ano, as ações ordinárias da companhia subiram 43,12%, e as preferenciais, 39,49%. Já a Petrobras acumulava alta de 53% até a última sexta-feira. A valorização desses papéis surpreende, uma vez que o setor de commodities foi justamente um dos mais atingidos com o recrudescimento da crise econômica global, em setembro do ano passado. Em face da perspectiva de contração ou ao menos de diminuição no ritmo do crescimento econômico em países como a China, houve um freio na demanda global pelas commodities, o que afetou países exportadores como o Brasil. Investidores que especulavam com contratos atrelados a commodities também sacaram seus recursos, em boa parte para cobrir perdas registradas nos EUA, o que fez esvaziar a "bolha" nas cotações. Outro setor "líder" neste ano é o de construção, por conta especialmente das expectativas geradas pelo pacote habitacional do governo, anunciado em março. Empresas com atuação maior nas faixas mais baixas de renda, foco do pacote, devem crescer mais, dizem analistas. As ações da Rossi (ON) chegaram a se valorizar 99,74% entre janeiro e abril, e as da Gafisa (ON) acumularam alta de 80,93% no período.

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