postado em 11/05/2009 18:10
A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) seguiu o "script" previsto por analistas antes da abertura dos negócios, encerrando o pregão desta segunda-feira em terreno negativo. Investidores optaram por embolsar os ganhos de preços nas ações nas últimas semanas, em um dia "morno" em termos de agenda econômica. A taxa de câmbio cedeu para R$ 2,05, a menor cotação desde outubro do ano passado.
O Ibovespa, principal índice de ações da Bolsa paulista, recuou 0,82% no fechamento, aos 50.976 pontos. O giro financeiro foi de R$ 4,12 bilhões. Nos EUA, a Bolsa de Nova York fechou em baixa de 1,82%.
Entre as principais notícias do dia, o boletim Focus, preparado pelo Banco Central, mostrou que a maioria dos economistas de bancos e corretoras voltou a piorar suas projeções para o crescimento do país: em vez de 0,30%, a mediana das projeções aponta para uma contração de 0,44% do PIB (Produto Interno Bruto) neste ano.
Economistas de bancos e corretoras têm feito ressalvas ao atual clima de "euforia" vigente na Bolsa de Valores, que subiu mais de 35% neste ano a reboque dos bilhões de reais injetados pelos investidores, principalmente estrangeiros, nos últimos dois meses.
"Quanto aos fluxos de capital estrangeiro para a Bovespa, a ressalva é que podemos estar ficando caros para as expectativas de lucro das empresas em 2009, diante de tão forte e rápido movimento de alto que atingimos. Esse capital, na verdade, após "correrem das Bolsas´ ao sinal de forte crise financeira ao longo de 2008, não encontraram taxas de juros que remunerem diante de um risco econômico agora menor", avaliou a equipe de analistas da corretora Planner.
Empresas
O banco Nossa Caixa amargou prejuízo líquido de R$ 349 milhões no primeiro trimestre deste ano, em comparação com um lucro líquido de R$ 51 milhões no trimestre anterior e de R$ 115 milhões no primeiro trimestre do ano passado. A ação ordinária amargou perdas de 0,20% no pregão de hoje.
A a distribuidora de energia elétrica fluminense Light teve um lucro líquido de R$ 168,3 milhões no primeiro trimestre, um aumento de 60,6% na comparação os ganhos apurados no início de 2008. A ação ordinária retraiu 0,40% nesta segunda-feira.
No front externo, o presidente da montadora GM (General Motors), Fritz Henderson, admitiu hoje que, entre as várias alternativas para o destino da empresa, a hipótese mais provável é mesmo a concordata. A GM tem até o dia 1° de junho para entregar ao governo americano seu plano detalhado de resgate para evitar a falência.
O banco HSBC adiantou, sem revelar números, que o lucro do primeiro trimestre deste ano ficou "bem acima" do registrado no mesmo período do ano passado, por conta do bom resultado das operações do grupo na Ásia.